O Banque de France, o banco central da França, revelou detalhes sobre um experimento discreto blockchain que foi posto à prova em outubro de 2016.
Em um comunicado feito no final da semana passada, o banco revelou que havia testado a tecnologia blockchain para entender as consequências da descentralização das funções de gerenciamento do ledger identificador de crédito SEPA, que é essencialmente uma simplificação das transferências internacionais dentro da zona do euro.
O experimento foi conduzido em parceria com a startup parisiense Fintech Labo Blockchain, bem como a Caisse des Dépôts et Consignations. Este último é uma instituição financeira do setor público francês sob o controle do parlamento, o qual é visto como o “braço de investimento” do governo francês. Outros grupos bancários franceses não identificados também estiveram envolvidos no experimento que se iniciou em julho de 2016.
Desde então, as reuniões de trabalho semanais eram a norma, revelou o banco central francês. Os aspectos profissionais, técnicos e jurídicos de um quadro de gestão descentralizada foram discutidos. Eventualmente, em outubro, o Banque de France já havia desenvolvido e fornecido partes do pacote de software blockchain aos participantes, que o instalaram e operaram fisicamente no local ou através de uma nuvem externa.
Embora os detalhes sejam escassos atualmente, a revelação é, sem dúvida, a primeira instância conhecida do banco central da França, sobre experimentos com a tecnologia blockchain.
Um trecho do comunicado de imprensa diz que:
“Este experimento permite que todos os bancos participantes compartilhem suas análises sobre os impactos e as oportunidades oferecidas por esta tecnologia.”
Além disso, a autoridade monetária afirma que uma “avaliação abrangente” será realizada nos próximos meses para compreender os resultados da experiência. Em janeiro de 2017, mais detalhes do experimento serão revelados em uma conferência organizada pelo Comitê de Pagamentos em Paris.
Após a revelação, o banco central francês junta-se a outros países como Singapura, Japão, Rússia, Finlândia, Suécia, Banco Central Europeu, China e Canadá, entre outros, ao manifestar interesse, experimentar ou até mesmo desenvolver moedas digitais baseadas na tecnologia blockchain.
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