O valor do Bitcoin subiu cerca de 40% em 40 horas – de US$12 mil para US$16 mil. Em algum ponto desse período, a moeda chegou a atingir um pico de US$18 mil, dessa forma, o crescimento anual da principal moeda criptográfica já é de 1500%.
Na Bithumb, maior corretora de criptomoedas da Coréia do Sul, no momento da publicação, o Bitcoin atingiu um preço de US$19.399 – no momento de pico chegou a valer US$21mil –, o que é muito maior que o preço médio praticado pelas maiores corretoras mundiais.
Já há algum tempo os investidores se acostumaram com a alta volatividade das criptomoedas, em especial do Bitcoin, mas este surto tornou-se excepcional e provavelmente atingiu aqueles que investiram pela primeira vez na moeda digital algumas semanas atrás.
Brian Hoffman, CEO da plataforma de negociação descentralizada OpenBazaar, disse em entrevista ao Wall Street Journal:
“Dois membros da minha equipe compraram casa. Enquanto seus amigos e parentes compram carros e casas.”
Esse forte impulso contribui para atrair os recém-chegados, o que, por sua vez, estimula o crescimento.
Além disso, alguns eventos importantes ocorreram dentro da comunidade Bitcoin. Um deles foi a notícia sobre o teste bem-sucedido da tecnologia Lightning Network, que está sendo desenvolvida para aumentar a quantidade e velocidade das transações na rede do Bitcoin. No futuro, isso ajudará a aumentar o volume de negociação.
Outro deles foi o começo iminente dos futuros de Bitcoin do CME Group e CBOE, que prometem atrair mais investidores institucionais ao mercado, sob a premissa de que os mesmos poderão cobrir riscos e apostar na redução do Bitcoin. Isso pode afetar muito o otimismo prevalecente no mercado.
Nas palavras do CEO da corretora de criptomoedas BRaziliex, Ricardo Rozgrin:
“O mundo está descobrindo o Bitcoin. A cada dia, milhares de pessoas interagem com o Bitcoin pela primeira vez. Cada vez mais, grandes players do mercado mundial, como a Bolsa de Chicago, percebem que as criptomoedas vieram para ficar. Quem entendeu a tecnologia e a segurança oferecida pelo protocolo do Bitcoin pode apostar com mais facilidade em sua valorização”.
Agora é difícil fazer previsões e dizer que não haverá grandes flutuações nos preços. A volatilidade já forçou muitos investidores importantes a abandonar o mercado.
Enquanto isso, o Bitcoin conquista novos territórios. Um ano atrás, o Japão e a Coréia do Sul eram uma parte insignificante do mercado, sendo que agora o primeiro representa cerca de 60% do volume total de negócios, com o Bitcoin podendo ser usado para qualquer coisa imaginável no país.
Os sul-coreanos também apoiam ativamente o Bitcoin, elevando seu preço nas corretoras locais. O fundador e CEO da Bitmex Bitcoin Stock Exchange, disse:
“Os coreanos se tornaram familiarizados às novas tecnologias e recursos digitais antes dos outros. Esse fenômeno cultural é mais notável lá que nos países ocidentais.”
O interesse no Bitcoin e nas criptomoedas continua a crescer, sem prestar muita atenção às más notícias ou previsões catastróficas. Vale lembrar, por exemplo, que o serviço de mineração NiceHash, foi hackeado, fazendo com que seus usuários perdessem mais de US$63 milhões.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.