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Alexander Vinnik pede asilo político à Grécia

Os serviços especiais dos EUA ofereceram um acordo ao cidadão russo Alexander Vinnik, que foi preso na Grécia por suspeita de lavar US$4 bilhões através da corretora BTC-e. Como uma fonte informada disse à RIA Novosti, os Estados Unidos supostamente garantem a Vinnik um prazo mínimo de prisão em troca de confissão de culpa.

O russo Alexander Vinnik, acusado de lavagem de dinheiro pelas autoridades dos EUA e de fraude na Rússia, pediu asilo político à Grécia. Isto foi relatado pela Interfax, citando a declaração de seu advogado, Ilias Spirliadis.

Foi relatado que, considerando a questão da concessão do asilo político de Vinnik, ele não pode ser extraditado. De acordo com o advogado, mesmo que o pedido de asilo de seu cliente seja negado, a defesa recorrerá.

“Até que todas as instâncias sejam concluídas, sendo a última delas o Ministério da Justiça, de acordo com nossas leis, o pedido de extradição não pode ser assinado”, afirmou Ilias Spirliadis.

Os advogados de Vinnik – que está associado à corretora BTC-e, anteriormente fechada pelo FBI – também buscarão sua libertação da prisão ao considerar o pedido de asilo político. Além disso, apresentarão uma reclamação junto ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

“Certos artigos da Convenção para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais foram violados em relação ao nosso cliente. Se for enviado para os EUA, não haverá tratamento digno para ele de acordo com as normas europeias – inclusive não excluímos o uso de tortura. Além disso, ele é um especialista no campo da Blockchain, e essa informação é de interesse às autoridades dos EUA, o que torna seus negócios mais políticos”, disse Ilias Spirliadis.

Lembre-se de que o russo Alexander Vinnik, de 38 anos, foi detido pela polícia da Grécia a pedido dos EUA em 25 de julho. Ele é acusado de 21 itens, incluindo lavagem de dinheiro na ordem de US$4 bilhões e criação e uso da corretora de criptomoedas BTC-e para transações com dinheiro ilegal.

Representantes do BTC-e mais de uma vez refutaram a conexão de Vinnik com a corretora, contudo, o próprio suspeito declarou que havia “cumprido seus deveres oficiais” na BTC-e.

Vale ressaltar que uma ação criminal contra Alexander Vinnik também foi instituída na Rússia. Lá, ele é acusado de fraude em quantidades especialmente elevadas. Mais cedo, Vinnik concordou em ser extraditado para a Rússia, mas em 4 de outubro, o tribunal decidiu extraditá-lo para os EUA, onde pode ser condenado a até 55 anos de prisão e a uma multa de milhões de dólares.

Continuaremos acompanhando o caso torcendo para que este não seja mais um caso tipo Ross Ulbricht.

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