Pessoas compreendidas em listas de sanções dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, União Européia e Conselho de Segurança da ONU não poderão participar de qualquer rodada do projeto de ICO da Telegram Open Network (TON), de Pavel Durov. Conforme relatado pela RBC, isso foi indicado na forma padrão do contrato para a compra de Gram entre a Telegram Group Inc., registrada no Grupo da Ilhas Virgens Britânicas, e o investidor.
A proibição também se aplica a parentes de tais pessoas – filhos, cônjuges, pais e irmãos. Além disso, a participação na ICO é vetada a qualquer cidadão residente ou em moradia no território ao qual as sanções se aplicam – Crimea, Cuba, Irã, Coréia do Norte e Síria.
O documento observa que todos os potenciais investidores da TON devem ser submetidos ao procedimento KYC adotado por mercados financeiros para identificar clientes e protegê-los de atividades criminosas. Dentro do KYC, um indivíduo fornece documentos como uma cópia notarial do passaporte/identidade, prova de residência, recomendação do banco e outros.
O acordo padrão entre o Telegram Group Inc. e o investidor afirma separadamente que o comprador dos tokens não tem o direito de usá-los para violar o regime de sanções ou de branqueamento de capitais, bem como para financiamento do terrorismo.
“Qualquer utilização ilegal da criptomoeda Gram por participantes sem escrúpulos pode violar os atos normativos adotados no Reino Unido, nos EUA e em outros países, direcionados ao combate do financiamento ao terrorismo e do branqueamento de capitais. Isso pode afetar seriamente a reputação global da Blockchain TON “, enfatiza o documento.
No entanto, os documentos não esclarecem se a própria TON rastreará transações suspeitas.
Lembramos que em fevereiro, após aprimeira rodada da pré-venda, o Telegram atraiu milhões de 81 investidores, ao mesmo tempo em que a segunda etapa da pré-venda fechada foi lançada, durante a qual a TON pretende atrair mais US$1,7 bilhão. Neste caso, a ICO pública da TON pública pode ser cancelada, pois a empresa pretende limitar-se à oferta privada de tokens entre investidores qualificados. Uma das razões para esta decisão é a capacidade de selecionar cuidadosamente os investidores.
Por fim, vale ressaltar que a equipe da TON pode devolver os fundos investidos aos investidores em caso de falha no lançamento da plataforma e de sua criptomoeda própria até outubro de 2019 – mas não pode garantir totalmente que os recursos atraídos serão, de qualquer forma, usados em favor dos investidores.
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