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Tentativa de envenenar Alexander Vinnik em prisão grega teve origem na  Rússia

Os serviços especiais dos EUA ofereceram um acordo ao cidadão russo Alexander Vinnik, que foi preso na Grécia por suspeita de lavar US$4 bilhões através da corretora BTC-e. Como uma fonte informada disse à RIA Novosti, os Estados Unidos supostamente garantem a Vinnik um prazo mínimo de prisão em troca de confissão de culpa.

Autoridades policiais da Grécia afirmaram que desconhecidos planejavam matar o russo Alexander Vinnik, suspeito de lavagem de US$4 bilhões através da corretora BTC-e. Isso foi relatado ao RIA Novosti por uma fonte familiarizada com a situação.

Segundo o interlocutor da agência, Vinnik, que está sendo mantido na prisão da cidade de Thessaloniki, teria sido envenenado com a ajuda de “elementos criminosos”.

“Este é um caso puramente criminal. O rastro leva à Rússia”, disse a fonte.

Ele também acrescentou que a tentativa foi relacionada ao testemunho sobre um número de crimes na esfera das tecnologias financeiras que Vinnik deu aos investigadores russos.

“Vinnik disse que está pronto para testemunhar na Rússia e ajudar na investigação. Estamos falando de somas muito grandes. A ordem para o assassinato foi obtida através dos canais usados por criminosos profissionais. A tentativa de assassinato está diretamente relacionada às declarações recebidas dele nas agências de segurança da Rússia sobre crimes envolvendo uma ampla gama de pessoas”, presumiu a fonte.

Vale notar que a polícia soube da tentativa iminente de assassinato no início de 2018, graças a “informações operacionais” – que por motivos de investigação, permaneceram não divulgadas –, sendo que medidas especiais de segurança foram tomadas para proteger o prisioneiro Vinnik.

“Em particular, Vinnik é proibido de aceitar quaisquer objetos de pessoas de fora, bem como comida e água, enquanto a segurança foi reforçada e seus movimentos dentro da prisão são permitidos somente com guardas para excluir contatos com outros prisioneiros”, explicou a fonte.

De acordo com a decisão do diretor da prisão, Alexander Vinnik se comunica com um círculo limitado de pessoas controladas. Além disso, ele não pode comprar água e comida na loja da prisão, pois sua alimentação agora está sendo organizada conforme um procedimento especial.

Lembramos que em outubro de 2017, a Suprema Corte da Grécia ordenou pela extradição de Alexander Vinnik aos EUA, onde o mesmo pode pegar até 55 anos de prisão e uma multa multimilionária, contudo, uma semana depois, outro painel de juízes apoiou o pedido da Procuradoria Geral da Rússia para extraditar o suspeito para a Rússia.

Em janeiro, advogados de Vinnik anunciaram sua intenção de apelar a decisão sobre a extradição de seu cliente para as autoridades norte-americanas ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

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