O CEO da corretora WEX (antigamente BTC-e), Dmitry Vasiliev, pretende vender a plataforma para o ex-insurgente da República Popular de Donetsk, Dmitry Khavchenko, conhecido como “Moryachok”. O valor da transação pode atingir vários milhões de dólares. Isso foi relatado pela RBC com referência a resultados de sua própria investigação.
De acordo com a publicação, no final de abril de 2018, Khavchenko e Vasiliev concluíram um contrato de intenção, onde concordaram em concluir um contrato de venda da corretora WEX.
“Devido a vários eventos de força maior que ocorreram com a corretora, Vasiliev, que ocupava o cargo de gerente na WEX, adquiriu o direito de vender. E queremos comprar”, afirmou Dmitry Khavchenko.
O fato de que as negociações realmente ocorreram foi confirmado também pelo próprio Vasiliev, que especificou que não vem se envolvendo na gestão da corretora desde janeiro.
“As relações com os parceiros chegaram a um impasse. Eu pretendo vender [a corretora] e pegar outros projetos”, disse ele em comentário à RBC.
Segundo alguns dados, o proprietário do grupo de empresas “Tsargrad”, Konstantin Malofeev, pode estar por trás da transação. No entanto, Khavchenko nega qualquer conexão com o oligarca e alega que a compra será feita às suas próprias custas, recusando-se, no entanto, a divulgar o valor exato da transação.
Dmitry Khavchenko acredita que a tecnologia de Blockchain permitirá a transferência de dinheiro para todas as repúblicas não reconhecidas, não apenas República Popular de Donetsk/Lugansk, como também na Transnístria, na Ossétia do Sul e na Abkházia, contornando assim as sanções.
Ele também confirmou que atualmente tem “alguma influência” no trabalho da WEX, mas “não é suficiente”. Após a compra, Khavchenko planeja transportar a equipe da corretora para a Crimeia anexa, e registrar novamente a empresa de gerenciamento em uma das repúblicas não reconhecidas.
Destacamos que após o encerramento da BTC-e, bem como a apreensão de suas contas e servidores no verão de 2017, as contas dos clientes, juntamente com o próprio site, foram compradas por novos proprietários, sendo que nesse contexto, a própria corretora foi renomeada como WEX.
Em abril de 2018, a WEX pagou 20% do montante total das obrigações de dívida da plataforma BTC-e.
No final de maio, o suposto coproprietário da BTC-e Alexander Vinnik, que foi preso na Grécia suspeito de lavar US$4 bilhões, confessou ações fraudulentas por meio da corretora de Bitcoin. Nos EUA, ele enfrenta até 55 anos de prisão.
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