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População é a principal força do Bitcoin

Para que o Bitcoin seja adotado pelas massas, é necessário que haja colaboração do governo com os grandes usuários da comunidade cripto.

Para que o Bitcoin seja adotado pelas massas, é necessário que haja colaboração do governo com os grandes usuários da comunidade cripto.

Os potenciais utilizadores dos Bitcoin, que têm mais a ganhar, são pessoas em países cujas instituições financeiras estão quebradas ou são corruptas e as moedas são extremamente voláteis. Isso inclui quase toda a América Latina, África, Ásia e países da Europa Oriental: tal como Ucrânia, Rússia e Grécia.

Apesar do aumento da consciência sobre as criptomoedas em 2016, ainda há um vasto terreno a ser descoberto quando se trata da adoção formal e reconhecimento do Bitcoin.

Os governos são naturalmente relutantes

Jonathan Chester, o presidente da Bitwage, acredita que no que diz respeito à adoção do Bitcoin, o poder reside em última análise, nas pessoas e não no governo. Chester acredita que no depender do governo para conseguir a adoção, pode ser como esperar um trem que pode nunca aparecer na estação.

Ele diz:

“O governo nunca vai legitimar uma tecnologia, qualquer que seja ela, que desafia a autoridade sobre a impressão de dinheiro sem a vontade do povo, e em muitos casos nem mesmo com a vontade desses.”

Chester disse que, no início de 2011, o valor de mercado do Bitcoin foi de apenas US$ 1,5 bilhões. A maioria dos usuários foram tecnólogos e ciberpunks. Se o Bitcoin apareceu no radar do governo foi apenas de forma conceitual. Como evidenciado pela decisão do FinCEN sobre a moeda virtual em 2014 e ainda confirmada pela orientação da IRS, Chester observa que não foi até 2013, que o governo começou a tomar medidas, quando o preço do Bitcoin atingiu um pico de quase US$ 250 e outra vez  quando o preço chegou em mais de US$ 1000 por Bitcoin.

O governo responde à vontade do povo

Chester diz que estes aumentos de preços representam sinais para o governo de que Bitcoin está ganhando apoio. Como resposta ao crescimento do Bitcoin, o governo precisa responder da mesma forma, como acontece com a ascensão do interesse em torno de Blockchains privadas nas instituições financeiras.

“Tudo isso, apenas, para dizer que precisamos do foco das pessoas, a fim de crescer dada tecnologia. A adoção do Bitcoin é muito mais que um processo educativo”, observa Chester. “O aspecto chave é que as pessoas precisam entender os usos e o quão o Bitcoin é seguro.”

Como aspectos da educação cripto afetam o Bitcoin

Chester enfatiza que enquanto em países ocidentais os principais valores são como um investimento ou pagamentos internacionais, na maioria dos outros países o Bitcoin atua como um forte mecanismo de armazenamento de valor e como um meio de pagamento doméstico. Uma vez que a educação sobre os usos da tecnologia seja fornecida, o próximo passo é educar os usuários sobre a segurança.

A Bitwage percebe a educação sobre criptomoedas como sua preocupação primária, uma vez que sua companhia enfrenta problemas ao tentar convencer tanto empresas quanto trabalhadores de que eles estarão poupando tempo e dinheiro ao utilizar um serviço de pagamentos internacional baseado em BTC.

“Por mais que não exijamos cadastro pela parte da pessoa que envia valores, sempre que falamos com processadores de serviço do Brasil, Índia ou Filipinas, nos perguntam como conseguimos taxas tão melhores do que tantos mecanismos tradicionais de pagamento?” Disse Chester. “Quando eles escutam a resposta de que ‘tudo é possível graças ao BTC’, falta conhecimento e acabamos em uma das duas situações: Ou temos que explicar tudo num baita discurso de vendas ou então perdemos o cliente em potencial de uma vez só.”

“Provavelmente é isso que acontece com qualquer um que pensa em dar seus primeiros passos no caminho do Bitcoin, quer esta pessoa queira usá-lo como uma reserva de valor ou um mecanismo de pagamento, esta é a razão da importância em educar as pessoas sobre estes dois temas,” ele acrescentou.

Os passos necessários para a colaboração

No entanto, Chester concorda que é importante trabalhar com o governo e sublinha que a comunidade do Bitcoin quer colaborar e operar de boa fé. Ao fazer isso, o governo deve estar disposto a ter um diálogo aberto com a indústria, quando se trata de regulação e aplicação, levando a uma regulação mais justa.

De acordo com Chester, os recentes desenvolvimentos na Califórnia em torno da regulação do Bitcoin servem como um excelente exemplo de como a indústria e o governo podem trabalhar juntos para criar uma regulação justa, e eliminar qualquer uma que possa ser exagerada, ou ate mesmo sufocar as inovações, como foi o caso de um projeto de lei recentemente escrito que teria criado um encargo excessivo e sufocou a inovação na indústria.

Ele conclui dizendo que o verdadeiro teste será o resultado da aplicação da recente medida da IRS. A medida da IRS vem como uma surpresa, na forma como vem tratando a Coinbase e todas as empresas americanas de grande calibre, que trabalham duro para garantir que as partes estejam trabalhando de boa fé com o governo. Como a Coinbase mencionou, eles estão se preparando para se opor à lei. Atualmente, há um esforço de toda a indústria no intuito de apoiar a Coinbase em sua oposição.

Contudo, em se tratando de Estados Unidos, eventualmente eles chegarão a uma solução ou então veremos um êxodo das fortunas digitais de lá para outros países mais amigáveis. Mas se formos falar aqui de outras nações, como o Brasil, imagine só como vai ser quando o governo acordar e for taxar o uso de criptomoedas.

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