O Bitcoin ganhou mais valor do que todas as outras moedas em 2016, de acordo com a Bloomberg, impulsionado pela repressão da China sobre o yuan, rumores isolacionistas nos EUA e no Reino Unido, e a crescente aceitação por parte dos consumidores e das empresas.
O preço da Bitcoin subiu 79% desde o início de 2016, para US $ 778, seu maior nível desde o início de 2014, segundo dados da Bloomberg. Isso quadruplica os ganhos do rublo russo e do real brasileiro, as duas das principais moedas do mundo.
Os consumidores descobrem o Bitcoin
“Começam a existir usos reais e práticos para o consumidor final gastar BTCs, e se as pessoas tiverem qualquer preocupações quanto a sua moeda física, como por exemplo a rúpia, é fácil correr para o bitcoin como moeda alternativa”, disse Tim Draper, um investidor de risco que já comprou muitos BTCs através dos anos.
Bloomberg cita cinco razões para o crescimento do Bitcoin.
– Restrições globais sobre moedas estrangeiras
O governo chinês tornou mais difícil para as pessoas gastarem seu dinheiro no exterior, resultando em liquidez presa. Pelo Bitcoin não ser controlado pelo governo, ele ficou mais atraente aos olhos da população.
– As restrições governamentais às remessas
Essas políticas limitam a capacidade das pessoas de enviar dinheiro para outros países, impulsionando a demanda por Bitcoins, que pode ser enviada através das fronteiras com mais facilidade. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que suspenderá ou limitará as remessas para o México a menos que o país aceite pagar por um muro entre ambos.
– O crescimento lento da oferta de Bitcoins
O pagamento aos mineiros pela criação de Bitcoins caiu pela metade em meados de 2015.
– A aceitação crescente por parte dos consumidores e das empresas
Mais consumidores estão usando o Bitcoin e mais empresas estão aceitando-o como forma de pagamento.
– As repressões do governo à corrupção e à guerra contra o terrorismo
Os governos estão aumentando as necessidades de ativos estrangeiros na tentativa de reduzir a corrupção e o financiamento do terrorismo, impulsionando a demanda de Bitcoin para aqueles que desejam escapar da supervisão do governo.
Panorama futuro
Não adianta ficar pensando que o Bitcoin é um unicórnio que vai “cavalgar em raios prateados de luar e soltar arco-íris pela bunda” como descreve Dean da série Supernatural.
O presente é favorável para o BTC, mas será que o futuro também? O que acontecerá da feita que a recessão atingir as grandes fortunas e bancos que tanto dependem da população, a qual se volta cada vez mais para o bitcoin?
Para falar sobre o futuro do BTC temos que entender e responder estas perguntas primeiro. O preço lindo, maravilhoso que fez seus 1.000 dólares do começo do ano virarem quase 2.000 agora em dezembro não vai passar despercebido dessas pessoas e governos.
Podemos ver dois caminhos muito distintos ocorrendo em diferentes pontos do mundo. De um lado temos o que ocorre com as FinTechs nos EUA, que agora são taxadas e tratadas como bancos convencionais, inclusive com toda sua pesada e onerosa carga tributária. Já em outra direção temos a Austrália que, não só abriu como, escancarou as portas para estas mesmas empresas, recebendo de braços abertos a nova tecnologia em suas fronteiras.
Agora, pare por um momento e pense, em qual desses dois extremos seu país melhor se encaixa? Naquele que taxa penosamente, como se quisesse arrancar o último suspiro de ar dos pulmões de um infante ou no outro, que enxerga na mudança uma oportunidade de coisas melhores e maiores? Não sei quanto a você, mas minha opinião é bem formada quanto onde estou, e a sua? Fale conosco sobre o que pensa nos comentários!
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.