Com a criação do Bitcoin e o surgimento posterior das criptomoedas o mundo financeiro viu surgir um novo universo, formas rápidas, baratas e anônimas de transferir dinheiro abalaram todo o sistema tradicional. Mas no que isso pode interferir nas relações comerciais e principalmente nas imposições nem sempre tão justas dos EUA apoiadas em grande parte pela ONU?
Paul Goncharoff , um empresário americano que vive em Moscou, tenta dar alguns esclarecimentos sobre o momentum político/financeiro atual.
Paul diz que na semana passada, o professor Ginko, um economista russo associado ao governo russo, fez um anúncio que se tornou viral entre a comunidade de Bitcoin e criptomoedas. Ele afirmou que em fevereiro de 2019, a Rússia vai comprar Bitcoin. Paul diz: “Apesar do anúncio de Ginko, isso é altamente improvável, o fato de que há uma discussão muito séria na Duma e no Kremlin sobre o criptorublo e sua viabilidade.
As regras e os conceitos estão sendo desenvolvidos agora enquanto falamos, dentro do governo russo e do banco central, porem ele não será nem de longe o que os usuários de criptomoedas desejaria, não termos pares de criptomoedas contra criptorublos, como foi explicado pela Duma ele não será descentralizado, aberto ao público em geral, a cripto estará disponível para compradores e comerciantes internacionais, bem como para cidadãos russos. Um criptorublo será equivalente a um rublo (uma stablecoin?).
À pergunta: o que garantirá o cripto-rublo? Paul diz: “Será apoiado/garantido pelo rublo – pela fé e confiança no banco central da Federação Russa …. Ele precisa ser regulado, seu volume tem que ser controlado, essa é a única forma de ir em frente “.
Paul acredita que a criptomoeda russa será lançada dentro dos próximos dois anos, “alguns otimistas dizem que o vento se dará ainda em 2019, mas é pouco provável que isso de fato ocorra”.
Lançamento desse tipo sempre acabam sendo adiados, no final sempre faltou algum detalhe como ocorreu esses dias com a rede ETH e seu fork Constantinopla. Paul ainda acredita que em pouco tempo veremos muitas outras moedas oficiais entrarem para o mundo digital, moedas como dólar, libra, Euro e muitas outras. O recente anuncio das ilhas Marshall parece reforçar esse pensamento.
A venda de dólares norte-americanos pela Rússia foi divulgada recentemente nos jornais, assim como a compra de euros e ouro. Há algo mais acontecendo que muitas pessoas não estão percebendo. Paul diz:
“Alguns meses atrás eu escrevi um artigo sobre as discussões que estão acontecendo entre a Rússia e a China sobre uma moeda que será apoiada por uma commodity ou uma cesta de commodities, que é ouro, energia e petróleo Os rumores sobre a criação dessa moeda persistem, o que me leva a acreditar que algo está acontecendo … A compra de ouro tanto pela Rússia quanto pela China é uma medida de segurança contra os caprichos do dólar e a incerteza da política econômica imposta pelos americanos. Ficou claro para os russos que as decisões sobre a economia de seu país estavam sendo tomadas em Washington. Aqueles que controlam o dinheiro têm o poder”.
Parece pouco provável que a Rússia e a China formem um banco central unificado para garantir uma nova moeda soberana, mas podemos ver os dois países investindo em uma nova moeda que seria apoiada por commodities e também alta tecnologia. Paul diz: “Acho que veremos o começo disso na União Econômica Eurasiática, entre a China, a Rússia, o Irã atuais excluídos da geopolítica principal.
Esses países foram excluídos do livre comercio mundial por imposições feitas principalmente pelos EUA, em geral esse tipo de situação acaba criando uma guerra de proporções mundiais, temos ai como exemplo a 1º e a 2º guerras mudiais, pelo bem da humanidade esperamos que as criptomoedas sejam capazes de eliminar ou pelo menos reduzir as chances de uma 3º.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.