Boris Titov, promotor de negócios e chefe do Partido Russo do Crescimento, está convencido de que o registro dos resultados da votação com a ajuda da tecnologia de blockchain encerrará a possibilidade de manipulação nas eleições e eliminará completamente da agenda o problema de possível falsificação. Ele disse isso em uma entrevista com a publicação Izvestia.
Com a proposta de duplicar a clássica eleição em papel, procedimento usado durante as eleições presidenciais de 2018, Boris Titov apelou para a chefe da Comissão Eleitoral Central (CEC), Ella Pamfilova.
“Embora se trate de realizar um experimento em uma ou duas regiões: duplicar a votação clássica – votação em papel, votando também através da plataforma de blockchain”, disse Boris Titov. “Esta plataforma ainda não foi elaborada, de modo a combinar o princípio do voto secreto previsto na Constituição com a verificação de cada voto em particular”.
Atualmente, o Partido do Crescimento está testando o sistema de voto eletrônico interno, depois do que, planeja transferir o sistema para a Comissão Eleitoral Central.
Ao mesmo tempo, Boris Titov enfatiza que a implementação do projeto de voto eletrônico em conjunto com o clássico só será possível após a consolidação legislativa do conceito de “blockchain”.
“O próximo passo será igualar os direitos do voto eletrônico remoto e os de papel. No futuro, vamos indubitavelmente passar para uma votação exclusivamente eletrônica”, acrescentou Boris Titov.
“Isto permitirá que as pessoas votem, sem ter que enfrentar o transtorno de uma locomoção, o que às vezes se torna complicado e mesmo difícil. Agora votar por eles acaba por ser um desperdício de tempo e dinheiro tão grande que essas pessoas são, de fato, privadas de seu direito”.
Boris Titov também está convencido de que o registro dos resultados da votação no sistema de blockchain vai encerrar a possibilidade de manipulação nas eleições e eliminar completamente da agenda o problema de uma possível falsificação.
A CEC acredita que esta proposta pode ser implementada em um modo de teste, mas somente se não tiver que mudar a lei.
“Se for possível organizar um voto eletrônico em paralelo, sem alterar os requisitos da lei, provavelmente concordaremos em conduzi-lo em um modo de teste”, disse Anton Lopatin, um representante do departamento.
“O principal é que as pessoas tenham medo desses sistemas. Afinal, há cidadãos que têm medo do voto eletrônico. Se, por acaso, o número de eleitores não vai bater entre os dois sistemas, alguém certamente vai começar a falar sobre ‘manipulação interna’. Devemos pesar tudo, ver o sistema. Tentamos usar meios técnicos para minimizar o ‘fator humano’”.
Entretanto, o consultor online Dmitry Marinichev sugeriu que nas assembleias de voto será possível emitir um “token” único juntamente com o boletim, o que permitirá autorizar e votar no sistema eletrônico construído com base em blockchain.
Esse “token” será um código único, escrito em qualquer meio. Após a introdução do código, será possível votar para o candidato escolhido. O eleitor poderá votar usando um computador instalado no site, ou fazer o download de um aplicativo móvel especial para votar em seu smartphone.
Em março, o Partido do Crescimento anunciou o lançamento da comunidade de rede “Pessoas de Crescimento”, que deve unir os empresários, trabalhadores independentes, jovens e funcionários de baixa graduação, para dar-lhes a oportunidade de arrecadar dinheiro para startups e também investir em criptomoedas.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.