O Banco Central do Camboja se junta à lista de bancos centrais do mundo que buscam implementar a tecnologia blockchain. Isso foi relatado pela Bitcoin Magazine
O Banco Nacional do Camboja (NBC) anunciou que planeja lançar um teste de blockchain no final de 2017. A iniciativa visa melhorar a capacidade do banco de monitorar e facilitar empréstimos entre bancos.
No mês de abril, o Banco Central do Camboja entrou em uma parceria para o lançamento da blockchain japonesa Soramitsu para co-desenvolver o registro baseado na Hyperledger Iroha e construir uma nova infraestrutura de pagamento em cima da tecnologia de razão distribuída.
O Hyperledger Iroha é um software open source que permite aos usuários armazenar e transferir dados, bem como desenvolver contratos inteligentes, o que o torna adequado para o desenvolvimento de sistemas de pagamento digitais.
O banco do Camboja afirmou que não está construindo uma criptografia nacional nesse momento. Atualmente, o banco está testando a tecnologia blockchain com a intenção de reduzir os custos das transações interbancárias de empréstimos do país, de acordo com a publicação local.
“Esperamos que a nova tecnologia ofereça transações interbancárias suaves, eficientes, seguras e acessíveis que, em última instância, beneficiem os usuários finais. Nesta fase, vamos nos concentrar na funcionalidade operacional do sistema, mas acreditamos que o sistema ainda pode ser personalizado com o desenvolvimento de aplicativos para beneficiar a política monetária do banco central, incluindo nesse panorama o uso da moeda local”, disse o diretor-chefe do banco central, Chea Serey à publicação do Phnom Penh Post.
Dito isto, Serey também mencionou que “um sistema sem dinheiro é menos oneroso e mais transparente para toda a economia. Isso sempre esteve em nossa agenda, mas precisamos de tempo para estudar as diferentes plataformas disponíveis”, com essa afirmação sugerindo que talvez surja um Riel cambojano em blockchain no futuro.
Serey acrescentou ainda que a motivação do Banco Nacional do Camboja para o desenvolvimento de soluções de blockchain é dar ao banco central um maior controle sobre a política monetária do país, que é restringida pelo uso intenso do Dólar norte-americano.
Bancos do mundo todo tentam embarcar na onda da blockchain
O Banco Nacional do Camboja não é o único banco central a considerar o uso da tecnologia blockchain. O Banco Popular da China, por exemplo, anunciou em janeiro que concluiu um teste de blockchain para, talvez, criar uma nova moeda digital chinesa, digitalizando o Yuan chinês e negociando com bancos locais de alcance.
O banco central canadense, o Banco do Canadá, também está interessado no que a tecnologia blockchain pode oferecer, tendo executado um teste similar para testar sua moeda nativa digitalizada em uma blockchain para pagamentos interbancários.
O Bank of England também está explorando as oportunidades que a blockchain oferece através de seu programa de pesquisa plurianual que explora as implicações dos bancos centrais que emitem moedas digitais.
Para o governador do Bank of England, Mark Carney, o caso de uso mais interessante para a tecnologia blockchain é o processo de liquidação de títulos. Ele chamou de “um processo maduro para a inovação”.
“Uma cadeia típica de assentamentos envolve muitos intermediários, tornando-o comparativamente lento e mantendo altos riscos operacionais. A indústria começou a trabalhar em conjunto para determinar a forma como as tecnologias de contabilidade distribuídas poderiam ser usadas para resolver essas questões em escala”, acrescentou Carney, falando em uma conferência final em Londres, no mês de abril.
Dado o número de testes de blockchain que os bancos centrais estão realizando em todo o mundo, não será surpreendente ver uma onda de digitalização de moedas fiduciárias ocorrendo nos próximos anos.
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