No mercado de capitais, nem sempre as coisas saem como esperado. Mesmo estudando o máximo possível a respeito de um ativo e do cenário que o cerca, há sempre a possibilidade de surgir um evento inesperado ou mudança em alguma variável que o afete. Nesse sentido, o mercado hoje disponibiliza diversos recursos que nos ajudam, por exemplo, a minimizar os riscos.
O stop loss, que significa, essencialmente, “parar a perda” é um desses recursos, que auxiliam, sobretudo, aqueles não podem acompanhar o mercado em tempo integral. O comando nada mais é do que seu plano B caso as coisas não tenham saído da forma esperada. Essa ordem limitará o nível de perda, evitando que o prejuízo se estenda indefinidamente.
Para entender melhor, suponha que um indivíduo entrou no Bitcoin a R$25.698, no entanto, o cenário não progrediu como ele esperava, ou surgiu uma nova informação que deixou o mercado agitado e o preço caiu em 3% em um pequeno espaço de tempo, chegando a R$24.927,06, sendo que a tendência de baixa continua.
Sem dúvida, esse seria um cenário ruim, mas certamente ele poderia ser amenizado caso o investidor tivesse programado uma ordem de Stop Loss.
Como funciona
Basicamente, a ordem de Stop Loss contempla dois pontos, sendo o primeiro o preço de disparo. Nesse ponto, ao atingir determinado valor, ou seja, ao haver uma negociação no valor determinado ou abaixo dele, a ordem de venda é disparada. O segundo ponto é o preço de venda da ordem.
Voltando ao cenário do Bitcoin: suponha novamente que o indivíduo entrou no Bitcoin a R$25.698. Precavido, ele acionou uma ordem de Stop Loss, limitando a perda em 1%. Assim, caso a cotação do Bitcoin comece a cair, se aproximando do patamar de R$25.441.02, a corretora acionará uma ordem de venda dos ativos, e assim, evitará perdas maiores.
Um ponto que vale ser ressaltado é que caso o valor de venda da ordem seja menor que o valor que outro investidor está disposto a pagar, o maior valor será realizado. Ou seja, se o investidor deu ordem de venda em R$25.441, mas houver uma proposta de R$25.500, o ativo será vendido por esse valor.
Quando iniciar o Stop Loss
Mesmo quando as ações começam a cair, alguns investidores permanecem posicionados por não conhecerem o recurso ou por acreditarem na retomada dos preços.
Não há consenso sobre o limite de perda ideal, já que dado o perfil do investidor, tipo de ativo, e outras variáveis, a tolerância ao risco pode variar.
Nesse cenário, a primeira coisa a se fazer é conhecer o máximo possível o ativo no qual se está investindo, por a partir disso, é possível perceber seu padrão de comportamento e aí sim estipular um stop loss seguro.
Assim, há dois importantes pontos que devem ser considerados a fim de definir um limite de perda:
1) relação de risco e retorno;
2) acompanhamento da análise técnica do ativo.
A relação de risco e retorno no mercado é quase sempre proporcional – quanto maior o risco, maior o retorno, e quanto menor o risco, menor o retorno. Então, é preciso analisar o quão disposto a correr risco você está na hora de definir em quais ativos investirá e qual será seu limite de perda.
Quanto a acompanhar a análise técnica dos ativos, essa é uma ação quase indispensável, pois é ela quem vai fornecer os subsídios necessários para definir suas ações no mercado. Essa ferramenta fornece, por exemplo, as tendências futuras e padrões de oscilação de um ativo e é de suma importância que seu limite de perda esteja de acordo com esses padrões para atingir os objetivos esperados.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.