A natureza do Bitcoin é similar em muitos aspectos às doenças infecciosas, e os próprios investidores criptomonetários podem ser divididos em três grupos condicionais: infectados, suscetíveis à infecção e imunes. Isto foi concluído por analistas do Barclays, assim como relata a Bloomberg.
Em seu estudo, Joseph Abate, do escritório do Barclays em Nova York, tentou construir um modelo para avaliar o ativo com base nas leis da epidemiologia.
“À medida que mais pessoas se tornam detentoras de ativos, a proporção da população que pode passar para a categoria de compradores (potenciais portadores do vírus) está caindo, enquanto a proporção de pessoas prontas para entrar na categoria de vendedores (convalescentes) está crescendo. No final, isso leva à estabilização de preços e, consequentemente, à medida que o número de choques aleatórios que alteram a proporção de vendedores e compradores aumenta, o preço começa a cair”, escreveu ele em sua recente carta aos clientes.
Segundo o analista, isso leva à supersaturação das ofertas de venda e, consequentemente, a uma exponencial redução do preço.
“Uma dinâmica semelhante é observada na propagação de doenças infecciosas quando a epidemia atinge o chamado limiar de imunidade – um ponto em que uma parte suficiente da população se torna insensível, após o que não ocorre nenhum surto repetido da epidemia”, resume Abate.
A principal variável que determina quando o crescimento do Bitcoin é substituído por uma queda é a proporção da população que conhece o Bitcoin e quer investir nele (os suscetíveis), afirma Joseph Abate. Assim, em países com economias desenvolvidas, onde todos conhecem o Bitcoin, a porcentagem da população suscetível não é grande.
“Acreditamos que a fase da expansão especulativa do investimento em criptomoedas passou e junto com ela, os valores máximos de preços”, conclui ele.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.