Logo após o golpe militar no Zimbábue e o afastamento do presidente Robert Mugabe, o preço da Primeira Moeda na Exchange local Golix saltou para US$14.000.
Isto é evidenciado pelos dados no site da Exchange do Zimbábue:
Como pode ser visto na captura de tela, a Exchange não tem uma alta liquidez e o volume de negociação diária mal atinge 5 BTC. Ao mesmo tempo, nos maiores mercados internacionais de criptomoedas, o preço do Bitcoin até agora mal superou US$8.000 .
A diferença tão grande pode ser explicada não apenas pela natureza fechada da Exchange Golix a comerciantes estrangeiros, mas também pela hiperinflação no país. O Zimbábue não tem sua própria moeda, e o dólar dos EUA, bem como o rand sul-africano são aceitos como moedas legais. O país abandonou sua própria moeda, o dólar zimbabuense, em 2009 devido à hiperinflação, o que a depreciou completamente.
Ao mesmo tempo em que há uma grave escassez de moedas estrangeiras no país, também é difícil no fazer pagamentos internacionais devido ao encerramento de bancos ou à rescisão de transações nos cartões MasterCard e Visa.
O país está passando por uma crise profunda: desde 2000, a economia diminuiu pela metade e cerca de 95% da população em idade de trabalho ficou sem emprego. Assim, os habitantes deste país africano simplesmente são obrigados a investir em Bitcoin, que é considerado por muitos o único meio de preservar o valor.
Lembramos que um mês atrás, o Bitcoin foi negociado em torno de US$10.000 na troca Golix.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.