O Banco Popular da China (PBoC) pretende acabar com a prática de distribuição gratuita de tokens de criptomoedas ou dos chamados airdrops. Isso foi afirmado no relatório de estabilidade financeira do banco publicado na última sexta-feira e divulgado pela CoinDesk.
Segundo o documento, apesar da proibição de realizações de Ofertas Iniciais de Moedas (ICO) no país, elas continuam a florescer na forma de “airdrops velados”.
Para contornar a proibição de ICOs, as empresas de criptomoedas, por exemplo, mudam-se para o exterior e atraem agentes para investir em nome dos cidadãos chineses. Outros projetos se recusam a vender tokens, evitando, assim, a atração direta de fundos, mas distribuindo-os gratuitamente. Depois disso, os organizadores de airdrops, a fim de extrair lucros, tentam aumentar o preço dos tokens no mercado secundário.
O relatório do PBoC pontuou que até 18 de julho de 2017, 65 ICOs foram realizadas na China. Mais de 105 mil pessoas participaram da Oferta de tokens e o volume de investimentos ultrapassou 2,6 bilhões de yuans (US$377 milhões). Cerca de 20% desse montante foi atraído com a ajuda de investidores estrangeiros.
Representantes do Banco Popular da China também enfatizaram que o órgão regulador trabalha com outras agências estatais para monitorar o setor criptomonetário e proteger os investidores.
Lembre-se de que a proibição de ICOs na China foi introduzida em setembro de 2017. Mais tarde, o vice-governador do PBoC alegou que essa medida, assim como o fechamento das corretoras criptomonetárias, teve um efeito benéfico na economia do país. Ele também chamou atenção para a “assustadora” perspectiva do desenvolvimento da indústria de criptomoedas sem a intervenção dos reguladores chineses.
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