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Banco Central do Camboja faz acordo por blockchain

O Banco Nacional do Camboja, que atua como banco central do país e regulador financeiro, está analisando as "novas infraestruturas de pagamento", de acordo com um comunicado à imprensa.

O Banco Nacional do Camboja está seguindo uma direção já tomada por outros bancos centrais. O banco planeja facilitar a vida dos residentes do país adotando a blockchain como via de pagamento público; o banco trabalhará em parceira com a empresa japonesa Soramitsu. A startup esta associada ao projeto Hyperledger de fonte aberta da Linux Fundation

Iroha Hyperleder

O banco central e a Soramitsu entraram em um acordo de co-desenvolvimento para estudar e contribuir para o desenvolvimento de código aberto do Hyperledger Iroha, um projeto de blockchain originalmente desenvolvido pela empresa japonesa.

A Iroha cria componentes reutilizáveis em C ++, permitindo que participantes da Web, desenvolvedores e programadores contribuam com o projeto Hyperledger. A Iroha foi aceita para incubação pela Hyperledger em novembro do ano passado.

O Banco Nacional do Camboja, que atua como banco central do país e regulador financeiro, está analisando as “novas infraestruturas de pagamento”, de acordo com um comunicado à imprensa. Um relatório da Nikkei confirma que o esforço é, para finalmente, oferecer aos cidadãos cambojanos uma maneira segura e barata de transmitir dinheiro.

O banco central teria escolhido a empresa japonesa depois de examinar várias opções, escolhendo especificamente a plataforma Iroha. A Iroha da Soramitsu, ao contrário do Bitcoin, permite que as partes autorizadas participem do monitoramento da blockchain.

Isso permite que o sistema de pagamento baseado em Iroha escale transações em torno de 1000x mais que a blockchain do  Bitcoin, afirmam os desenvolvedores da Soramitsu.

A Iroha também está habilitada com contratos inteligentes, o que, segundo a Soramitsu, ajuda a criar “dinheiro inteligente” programável que permitirá sistemas de pagamento e liquidação mais eficientes e seguros.

infraestrutura deficiente

O Camboja não tem uma moderna infraestrutura financeira bancaria. Se tomarmos as ATMs, como exemplo, veremos que elas não são de fácil acesso. No entanto, um estudo de 2016 mostrou que 48% dos cambojanos possuíam pelo menos um smartphone, um aumento de 21% em relação a 2015.

O aumento da conectividade juntamente com a tecnologia acessível apontou para o banco uma nova opção de infraestrutura, para pagamentos de custos mais baixos, com uma blockchain via smartphone à questão bancaria parece ter encontrado sua solução.

Um executivo da Soramitsu acrescentou:

“Através do nosso trabalho com o Banco Nacional do Camboja, seremos capazes de dar o primeiro passo para a criação de uma infraestrutura de pagamento mais eficiente, que esperamos expandir globalmente no futuro”.

O Banco do Camboja se junta a uma crescente lista de bancos centrais que exploram ativamente a tecnologia blockchain para aplicações comerciais e até mesmo examinam a possibilidade de moedas digitais emitidas pelo banco central sustentadas pela tecnologia blockchain. Os bancos centrais da China, Inglaterra, Austrália, Cingapura, Suécia, são alguns quais estão fazendo esforços notáveis, estes que estão tomando forma em todo o mundo.

 

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