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Bitcoin, Blockchain e pornografia infantil

Oponentes das criptomoedas agora veem uma nova arma em seus argumentos depois que uma pesquisa mostrou que a tecnologia de Blockchain é cada vez mais usada para atividades ilegais, como a pornografia infantil.

Pesquisadores da RWTH Aachen University, da Alemanha, descobriram que a tecnologia de Blockchain continha links a sites de pornografia infantil e uma possível imagem de um menor “levemente nu”.

“Embora a maior parte seja inofensiva, também há conteúdo a ser considerado censurável em muitas jurisdições – por exemplo, a descrição da nudez de uma jovem mulher ou centenas de links para a pornografia infantil”, afirma o documento.

Os pesquisadores descobriram 1,6 mil instâncias em que as transações na Blockchain incluíam informações não financeiras, e após isso, 274 links para sites de pornografia infantil. Note, contudo, que esta não é a primeira vez em que avisos sobre a capacidade de armazenar dados não financeiros dentro da cadeia de blocos são emitidos.

Como observou o Guardian, a Interpol advertiu em 2015 que a cadeia de blocos tem o potencial de espalhar arquivos de malware, sendo a questão da pornografia infantil um problema muito maior com implicações ainda mais amplas.

Como o Bitcoin tem compradores e comerciantes em todo o mundo, os itens da Blockchain também levantam questões sobre a legalidade em outras nações.

“Na China, a mera posse de segredos de estado pode resultar em sentenças de prisão de longa data. Além disso, a definição de segredos de estado da China é vaga e abrange, por exemplo, atividades para salvaguardar a segurança do Estado. Tais alegações vagas com referência a segredos de estado foram aplicadas a críticas notícias no passado”, enfatizaram, em nota, os pesquisadores.

Os resultados da pesquisa têm o potencial de descarrilar toda a bilionária indústria de Blockchain e de estragar a recente melhora no preço do Bitcoin ocasionada pela recusa do G20 em enrijecer a regulamentação relacionada ao ativo.

Nota:

Curioso notar que essas informações podem desvalorizar toda uma tecnologia, enquanto o envolvimento de cartões de crédito – e outros meios de pagamento – com esses mesmos crimes passa despercebido por grandes portais midiáticos. Ademais, a internet parece ter a permissão de fornecer uma fonte inesgotável não apenas de pornografia infantil, mas de toda sorte de crimes sem que mesmo assim, a maioria das pessoas não deseje seu fim.

O mesmo argumento estampado por porta vozes de cartões de crédito pode ser exposto aqui:

“É o trabalho de nossos bancos membros saber o que seus clientes estão fazendo e como nosso cartão está sendo usado?”, assim como enfatiza Joshua Peirez, vice-presidente e conselheiro da MasterCard.

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