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Bitfinex e Tether quebram silêncio para responder críticas

Na terça-feira, dia 23 de janeiro, a Tether Ltd suspendeu a emissão de Tokens USDT. Foi neste dia também que o correio entregou uma convocação da Comissão de Negociação de Futuros dos EUA (CFTC) aos representantes da empresa.

Após muitos meses de silêncio, a Exchange de bitcoin Bitfinex e o emissor do USDT – a Tether –, responderam a inúmeras alegações de desonestidade, conforme relatado pela CoinDesk.

Na noite de sexta-feira, 1 de dezembro, o representante da Bitfinex e Tether, Ron Torosyan, enviou uma declaração para vários representatntes da mídia, acusando “pessoas duvidosas” de espalhar rumores falsos sobre a posição financeira de ambas as empresas e seu controle sobre os fundos.

Apesar de todas as críticas, a carta afirma que a Bitfinex “está fazendo todo o possível para ser a Exchange de criptomoedas mais transparente”. Além disso, Torosyan mencionou separadamente os argumentos do usuário Bitfinex’ed, conhecido por suas numerosas publicações no Medium e por seus vídeos no YouTube, nos quais chama diretamente a Bitfinex e a Tether de golpistas.

“Quem é o principal crítico da Bitfinex? Um usuário anônimo do Twitter que joga acusações a todos os lados, escondendo, ao mesmo tempo, sua própria identidade. Quando alguém ataca escondendo-se por trás de um véu de anonimato, vale à pena pensar nos seus verdadeiros motivos”, disse Torosyan.

Segundo ele, “a Bitfinex é liderada por um forte time de gerentes que não se escondem de ninguém”. No entanto, em sua mensagem, Torosyan não nomeou nenhum desses gerentes. A Exchange também não lista seus nomes. A carta menciona apenas o diretor geral, Jan Ludovicus van der Velde, diretor de questões estratégicas; Phil Potter e o diretor financeiro, Giancarlo Devasini.

Ao mesmo tempo, Torosyan reconheceu os laços existentes entre a Tether e a Bitfinex. Os rumores sobre a relação entre as duas organizações existem há muito tempo, mas foi somente após o vazamento e a publicação dos Panamá Papers que foram confirmados por fatos. Conforme indicado nos documentos, no passado, Potter foi o diretor e fundador da Tether, enquanto Devasini foi acionista da empresa. O dossiê também é referenciado pelo The New York Times, que recentemente publicou um grande artigo sobre a controvérsia em torno da Bitfinex e Tether.

Quanto à Tether, de acordo com Torosyan, os resultados da auditoria completa da empresa “serão publicados num futuro próximo”. Enquanto isso, de acordo com os resultados do relatório intermediário, em 15 de setembro de 2017, as reservas da empresa totalizaram US$442,9 milhões, o que “cobre completamente” todos os tokens.

No entanto, auditores da Friedman LLP – apresentadores do relatório acima – observaram que a conta está registrada em nome de um administrador fiduciário, sendo que eles não podem confirmar se existe algum acordo entre essa pessoa e a Tether. Além disso, não se sabe se a Tether tem o direito de receber esses fundos.

Torosyan também acrescentou que a Tether trabalha intensamente com agências de aplicação da lei no caso de investigar o recente ataque de hackers e o roubo de mais de US$30 milhões em USDT.

Voltando à Bitfinex, Torosyan admitiu que a Exchange, como muitas outras empresas de criptomoedas, perdeu “acordos com alguns bancos norte-americanos”. A carta não fornece exemplos específicos, mas, aparentemente, o Wells Fargo é um delas.

Apesar disso, a Exchange conseguiu manter e expandir a lista de bancos parceiros em todo o mundo, proporcionando uma rede bancária diversificada e estável a uma grande maioria de seus clientes, a fim de garantir liquidez constante, acrescentou Torosyan, porém, novamente não citou nenhuma confirmação às suas palavras.

O executivo também não concedeu uma resposta direta às acusações de Bitfinex’ed e outros usuários de que a Exchange “imprime” tokens Tether para “inflar” o preço do Bitcoin.

“A Bitfinex cumpre todas as leis e requisitos existentes, incluindo KYC/AML (“conheça seu cliente” e “combate à lavagem de dinheiro”). A Exchange coopera de perto com os reguladores, as agências de aplicação da lei e as instituições financeiras para garantir a máxima proteção possível e suporte para seus clientes”, resumiu Torosyan.

Lembr-se de que anteriormente relatamos que os hackers que roubaram em novembro cerca de US$31 milhões como resultado do suposto ataque na Tether, poderiam estar ligados ao ataque na Bitstamp em 2015.

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