China: um impulso a mais no crescimento do Bitcoin

A conhecida analista financeira Julia Lee, da corretora australiana BellDirect, considera o controle sobre o movimento de capital na China um fator poderoso no crescimento do preço da primeira moeda criptográfica.

No evento em Sydney, organizado pela Bolsa de Valores australiana, Julia Lee falou sobre as características de investimento único do Bitcoin e comparou algumas de suas propriedades com ouro.

“Não tenho certeza se o Bitcoin se tornará tão popular quanto o ouro, mas talvez em 15 anos eu tenha que morder minha língua, porque o Bitcoin será usado em todos os lugares”, disse Julia Lee.

Além disso, o analista observou a futilidade das tentativas das autoridades chinesas de limitar a saída de capital do país com a ajuda de alavancas administrativas de influência. Segundo ela, elas só estimulam a demanda por ativos alternativos não controlados pelo governo, como o Bitcoin.

Em apoio a seus argumentos, Julia Lee citou o aperto da política monetária do Banco Popular da China na virada de 2017, quando o preço do Bitcoin subiu para US$ 750.

Além disso, o analista acredita que os governos dos países “não estão muito felizes” com o surgimento da criptomoeda, uma vez que os instrumentos tradicionais da política monetária perdem sua influência sobre a situação econômica.

De acordo com Julie Lee, no futuro pode haver uma infinidade moedas alternativas.

Lembre-se, o início de 2017 foi marcado por um aperto da política das autoridades chinesas em relação às criptomoedas e uma série de tentativas de controle pelo Banco Popular da China sobre as principais associações comerciais. Isso, por sua vez, fez uma profunda transformação no mercado Bitcoin, como resultado, o Japão se tornou o líder no volume de negociação em criptomoeda.