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Coinbase não pretende participar de IPOs no futuro próximo

O Escritório de Regulação e Supervisão Financeira da Grã-Bretanha (FCA) emitiu uma licença para a maior plataforma norte-americana de Bitcoin que permite operações com dinheiro eletrônico (E-money).

Em conversa com a Bloomberg, Asiff Hirji, diretor de operações e presidente da Coinbase, salientou que, no futuro próximo, a empresa não pretende participar de nenhuma Oferta Pública Inicial (IPO).

Segundo ele, a Coinbase se tornará pública um dia, mas essa questão não é uma prioridade para a empresa. Vale notar que recentemente, a sugestão de que a Coinbase poderia estar se preparando para uma IPO foi expressa pelo apresentador Ran NeuNer, da CNBC.

Hirji fez essa declaração logo após a conclusão bem-sucedida pela Coinbase de mais uma outra rodada de financiamento, que trouxe para a empresa US$300 milhões da Combinator Continuity, da Wellington Management, da Andreessen Horowitz, da Polychain e de várias outras empresas. O líder da série E foi o fundo de hedge americano Tiger Global Management. De acordo com especialistas, agora, a atual capitalização da maior empresa criptomonetária dos EUA supera US$8 bilhões.

O The Block citou alguns dados financeiros sobre a Coinbase: até o final de 2018, a receita projetada da empresa pode chegar a US$1,3 bilhão, enquanto que o lucro pode ultrapassar US$456 milhões.

Para fins de comparação, no ano passado, a Coinbase recebeu US$923 milhões em receita e o lucro foi de US$380 milhões.

Como se observa, apesar do mercado dominado por ursos, o crescimento projetado nas receitas da empresa em comparação com o ano passado será de 40%, sendo que para os lucros, esse valor será de 20%.

A margem de lucro prevista (o índice de rentabilidade, calculado como a razão entre o lucro líquido e a receita) da empresa neste ano pode ser de 35,3%. No mesmo período do ano passado, esse número foi de 41,2% e um ano antes, de 94,1%.

A diminuição deste valor pode estar associada a um aumento nos custos de mão de obra. Assim, durante o ano, o número de funcionários da Coinbase dobrou: aumentando de 250 para mais de 500.

Dado o fato de que, desde o início do ano, a maioria das criptomoedas caiu de preço em mais de 70%, pode-se supor que a maior parte da receita da empresa foi fornecida por comissões de transação. No entanto, de acordo com a empresa de pesquisa Diar, os volumes de negociação na Coinbase estão caindo constantemente:

No entanto, mesmo com a negociação caindo, no final de 2018, o faturamento da plataforma poderia chegar a US$83 bilhões – lembramos que em 2017, que foi um ano extremamente bom para os investidores, esse valor era de US$68 bilhões:

Segundo o analista Larry Cermak, do The Block, se o mercado de urso permanecer por mais um tempo, a empresa terá que diversificar significativamente suas fontes de receita e linhas de negócios. Caso contrário, a desaceleração continuada do mercado poderá, em última análise, ter um impacto negativo no desempenho financeiro da Coinbase.

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