A revista alemã líder de negócios, Wirtschafts Woche publicou recentemente um artigo intitulado “A Revolução da Criptomoeda”, no qual seu autor, o economista Thorsten Polleit, argumenta que o surgimento de ativos digitais desencadeou uma revolução no sistema monetário. Isto foi relatado pela revista Fork Log.
Na opinião de Polleit, no futuro, as criptomoedas podem desbancar de vez o dinheiro tradicional, que tem uma série de deficiências. Entre elas:
– inflação;
– distribuição desigual;
– forte tendência aos ciclos de crescimento-queda;
– uma exposição constante à tentação de aumentar a dívida pública.
Em seu artigo, o economista alemão argumenta que, devido à concorrência, as criptomoedas são poupadas dessas e outras deficiências. Uma vez que nenhum monopólio do Estado se aplica a qualquer moeda criptográfica, a demanda do consumidor deve contribuir para a melhoria do ecossistema das mesmas.
Ao mesmo tempo, Polleit observou que nem todas as criptomoedas são poupadas das deficiências acima mencionadas. Assim, algumas moedas digitais estão sujeitas à inflação, embora o ritmo deste último no caso dessas criptos especificas seja geralmente inalterado e, portanto, previsível.
Deficiências também podem ser encontradas nos modelos de propagação de tokens. A busca pela melhor opção para a distribuição de tokens é uma questão controversa, acredita Polleit.
Além disso, o economista está convencido de que, se você separar a política monetária dos governos nacionais, você pode evitar muitos dos problemas inerentes às moedas fiduciárias.
Polleit acredita que a demanda dos consumidores por Bitcoin provavelmente aumentará, pois o dinheiro perderá seu poder de compra e os governos nacionais reduzirão ou mesmo liquidarão transações em dinheiro. Assim, o economista acredita que a moeda criptográfica tem o potencial necessário para tornar o “papel-moeda inútil”.
Apesar das declarações otimistas, Polleit ainda pede que os investidores sejam cautelosos com a especulação criptográfica.
“Todo detentor de moedas digitais deve saber que não está investindo, mas especulando. Ao contrário de ações ou títulos, eles não possuem uma fórmula de avaliação reconhecida e comprovada – o mesmo se aplica às commodities ou obras de arte. Você não pode determinar se o preço dela [moeda criptográfica] é justificado do ponto de vista do seu valor interno”, disse Polleit.
Por esta razão, Polleit se refere favoravelmente aos tokens ligados a ativos tangíveis, como, por exemplo, metais preciosos.
Separando-se dos entusiastas da cripto, o economista exorta os investidores a não abusarem da especulação com ativos digitais.
Polleit está convencido de que é melhor para um investidor razoável continuar investindo em ações de “grandes empresas”, adotando estratégias de investimento de longo prazo. A revolução monetária está repleta de transtornos econômicos, enquanto as ações de empresas respeitáveis trarão resultados positivos para seus detentores, independentemente das moedas que eles usam para realizar negócios. (Acredito que esse tenha sido o exato pensamento das pessoas que investiram na Petrobrás e do nada viram todas as suas economias escorrerem pelo ralo, mas enfim… ele é economista e eu sou somente uma escritora de site)
Já de acordo com o economista americano Panos Mordukatas, o preço do Bitcoin está longe de ser seu valor limitante, o que significa que o “ouro digital” ainda fará muitas pessoas milionárias.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.