A ex-sócio da Andreessen Horowitz e ex-engenheira técnico da Coinbase, Preethi Kasireddy, afirmou que não há “resposta certa” na discussão sobre um possível mecanismo de recuperação de fundos na Blockchain do Ethereum. Estas palavras foram proferidas durante seu discurso na conferência EDCON, assim como relata a CoinDesk.
De acordo com Kasireddi, que hoje em dia atua como diretor executivo da startup TruStory, agora é o importante momento em que a comunidade Ethereum deve definir claramente seus ideais e regras coletivas.
Vale notar, que a disputa sobre a questão da necessidade de realizar hardforks no Ethereum para recuperar fundos perdidos como resultado de ataques de hackers ou falhas técnicas continua desde novembro do ano passado.
Para exemplificar, vale citar o emxemplo dno final de abril, quando representantes da comunidade Ethereum votaram contra o desbloqueio dos 513 mil ETH (cerca de US$350 milhões) detidos em carteiras Parity, congeladas devido à vulnerabilidade no contrato inteligente. E este não é o único caso: no ano passado, desenvolvedores da MyEtherWallet e da Kraken perderam centenas de milhares de dólares de usuários devido a erros no gerador de endereços de Ethereum.
Também na semana passada, alguns desenvolvedores alertaram que, devido à falta de consenso sobre a recuperação dos fundos, a Blockchain Ethereum pode enfrentar uma ameaça de divisão. Por sua vez, Kasireddy, durante seu discurso, tentou analisar os aspectos políticos e técnicos e os diferentes pontos de vista de todos os participantes da discussão.
“Obviamente, não há resposta certa, porque se existisse, teríamos a aceitado há muito tempo. Agora estamos tentando encontrar uma solução universal que seja adequada a todos. Eu não acho que exista“, afirmou Kasireddy.
Além disso, alguns desenvolvedores e investidores de Ethereum realizaram uma reunião fechada na véspera da conferência, onde discutiram sobre possíveis mecanismos de tomada de decisão na plataforma Ethereum.
Por sua vez, Kasireddy observou que esse método de gerenciamento formal não é a melhor saída. Em vez disso, ela pediu à comunidade para finalmente decidir sobre os princípios básicos que a rede deve seguir ao tomar decisões.
“Este é o momento decisivo para o Ethereum, pois a resposta deve corresponder às nossas normas sociais e políticas comuns. Para ser bem sincera, não sei quais são essas normas. E é por isso que estamos em um impasse neste debate”, resumiu Kasireddy.
Lembramos que anteriormente, mais de 34 mil vulnerabilidades foram encontradas em contratos inteligentes baseados na Blockchain do Ethereum.
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