O desenvolvedor de aplicativos descentralizados (dApps) Justo acusou os proprietários de tokens EOS de organizar o congestionamento da rede Ethereum por meio de airdrops questionáveis de tokens aleatórios. Isto foi relatado pelo Trustnodes.
Em particular, ele chamou a atenção para o fato de que, após o lançamento da plataforma EOS, os preços do gás na rede Ethereum passaram por constantes aumentos.
Uma transação típica custa cerca de 21 mil gás, mas transações com o token consomem mais gás devido à necessidade de passar por um contrato inteligente.
Desde o final de julho, menos de 500 mil transações começaram a passar pela rede Ethereum, valor consideravelmente baixo, tendo em mente que o desempenho máximo da plataforma é de 1,4 milhão de transações por dia.
“Todos os dias, milhares de ETH, centenas de milhares de dólares são gastos para despejar milhares de tokens aleatórios, sem sites ou com sites padronizados. Se você acha que isso não foi feito pela EOS, então quem mais pode alocar US$2 milhões por dia para fazer tais ataques contra Ethereum, ao mesmo tempo possuindo tokens EOS?”, indagou Justo.
De acordo com Justo, os proprietários de tokens EOS financiam moedas “aleatórias e inúteis”, que ocupam uma significativa parcela no rendimento da Ethereum.
Justo, por exemplo, estudou o token IFishYunYu, que, segundo ele, não tem nenhuma função, e, descobriu-se, foi parcialmente financiado por um dos endereços que recebeu uma grande quantidade de moedas EOS vindas de crowdfunding.
Além disso, de acordo com suas observações, outro token Hashcoin consome cerca de 20% da rede Ethereum, enquanto os tokens IFish “caminham” pela rede Ethereum para frente e para trás.
“Parece que todas as shitcoins se uniram para atrapalhar a rede”, acrescentou Justo.
No início de julho, vários entusiastas de criptomoedas acusaram o FCoin de sobrecarregar a rede Ethereum. A questão é que o FCoin implementou novas regras para incluir um token na listagem. Em vez do tradicional mecanismo de votação para moedas, a corretora decidiu votar através do chamado “rating de depósito acumulado”. Este método levou ao fato de que um grande número de moedas, baseadas na Blockchain do Ethereum, começou a lutar entre si pelo direito de entrar na lista da FCoin.
Segundo alguns usuários, isso quebrou o equilíbrio da rede e levou a um aumento nas comissões de transação.
No entanto, como ficou conhecido, a partir de 16 de julho a corretora deixou de usar esse método de votação.
Quick announcement: As the #FCoin community grows, here’s an adjustment of the GPM listing rules. Plus new trading zone will be added. More details here: https://t.co/qpXTGyIt9K pic.twitter.com/0c3NdBDO9u
— FCoin Asia (@fcoin_asia) 13 de julho de 2018
Vale ressaltar que nesse momento, o congestionamento da rede Ethereum praticamente desapareceu, e as comissões de transação surpreendentemente retornaram ao seu nível normal. No momento da redação, o custo de uma transação é estimado em 5 centavos, enquanto apenas um dia atrás esse valor era de mais de 1 dólar.
Fonte: https://ethgasstation.info/
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.