No ano passado, 69 milhões de toneladas de carbono foram liberadas para a atmosfera – o que representa 1% da emissão total – devido ao consumo de energia para mineração de Bitcoin. Isso foi afirmado em um estudo de cientistas da Universidade do Havaí publicado na revista científica Nature Climate Change.
Para prever o futuro impacto ambiental do Bitcoin, os pesquisadores examinaram o nível de adoção de outras inovações dos EUA, como cartões de crédito e máquinas de lavar louças. Descobriu-se que se a adoção do Bitcoin coincidia com os indicadores dessas tecnologias, e que, dessa forma, em 16-22 anos a temperatura na Terra poderia aumentar em 2 °C. Nota-se, que segundo os cientistas, um aumento de temperatura de mais de 1,5 °C pode ter consequências irreversíveis para o clima.
Vale ressaltar que de acordo com os autores do estudo, o impacto climático da mineração de criptomoedas poderia ser mitigado pelo crescimento no uso de fontes de eletricidade renovável.
“O consumo de energia e a pegada de carbono do Bitcoin dependem em grande parte da lucratividade da mineração. Se as receitas não aumentarem, o consumo de eletricidade não aumentará”, sugeriu o economista Alex de Vries.
Lembramos que em agosto, o professor da Universidade do Catar, John Truby, publicou um estudo em que descreveu os danos ambientais da indústria criptomonetária e da Blockchain.
Enquanto isso, segundo analistas do holding suíço Credit Suisse, apesar do consumo ativo de eletricidade, o crescimento da indústria de mineração de Bitcoin não provocará nenhum desastre ambiental.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.