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Europol: cerca de US$5,5 bilhões foram lavados usando criptomoedas

De acordo com representantes do serviço de polícia da União Europeia (Europol), o Bitcoin e outras criptomoedas são utilizados para lavar bilhões de dólares no território da União Européia. Isso foi relatado pela Bitcoinist.

“O crescimento é muito rápido e estamos seriamente preocupados. Estes não são bancos com controle centralizado, por isso, não podemos acompanhar essas transações. Mesmo que encontremos transferências ilegais, não podemos congelar esses fundos, ao contrário dos bancos convencionais”, afirmou o diretor da Europol, Rob Wainwright.

Segundo ele, apenas no território da Europa, entre três e quatro bilhões de libras esterlinas (cerca de US$4,1 bilhões – 5,5 bilhões) já foram lavadas com a ajuda das criptomoedas. A agência de aplicação da lei sugere que depois de comprar Bitcoins, os criminosos os dividem em pequenas partes – satoshis – e os transferem a diferentes endereços e carteiras. Além disso, sabe-se que tal processo “apaga todos os vestígios que geralmente são deixados pelo dinheiro criminal”.

Vale notar que a declaração da Europol foi feita pouco depois de altos funcionários da França e da Alemanha apelarem à discussão da questão da regulamentação do mercado de criptomoedas durante a cúpula do G-20, que terá lugar em março, na Argentina.

Uma carta com a indicação de um possível tópico para discussão foi enviada ao Ministro das Finanças da Argentina, Luis Caputo, pelos colegas franceses e alemães Bruno Le Mer e Peter Altmeier. O documento também foi assinado pelos chefes dos bancos centrais dos dois países.

Vale ressaltar que três reguladores da esfera de valores mobiliários, bancos e fundos de pensão emitiram uma declaração conjunta alertando os habitantes da Europa a respeito dos “altos riscos” associados ao investimento em criptomoedas.

A chefe do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, também afirmou que a organização está tentando impedir o uso do Bitcoin e de outras criptomoedas para lavagem de capital e financiamento do terrorismo.

Lembramos que mais cedo, em Banguecoque, a pedido do Bureau Federal de Investigação, foi detido o cidadão russo de 31 anos, Sergei Medvedev, suspeito de trabalhar no site de criptomoedas da Darknet, Infraud.

A plataforma vendia cartões de crédito forjados, informações financeiras ilegais, drogas, armas e espécies raras de animais selvagens. Durante uma pesquisa, os oficiais do FBI encontraram cerca de 100 mil Bitcoins nas contas de Medvedev.

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