Depois de deixar clientes a ver navios, fundação faz fork inesperado pra tentar, pela enésima vez, resolver seus problemas. E vamos nós para mais um capítulo da novela fork do ETH, não perca revelações bombásticas, nas próximas linhas desse mesmo post, no site: www.btcsoul.com .
Até agora, você pode ter ouvido da ida e volta sobre chamados os hard forks, uma forma particularmente controversa para atualizar uma blockchain pública. Alguns veem isso como um meio, às vezes necessário, para atualizar a rede, enquanto outros veem como um caminho menos desejável, porque quebra o consenso e todos na rede precisam se atualizar para um novo bloco para participar.
O Ethereum sofreu hard forks várias vezes ao longo dos últimos meses para corrigir problemas técnicos. Mas o último fork parecia diferente, porque não foi executado de propósito.
A questão é que o Ethereum tem diferentes implementações de protocolo para processar as transações na rede em sincronia. Os dois mais populares, Geth e Parity, implementaram o código para o último fork técnico, só que essa atualização saiu um pouquinho diferente do esperado, levando a um fork de ação de graças.
Como consequência o preço do éter mergulhou para seu valor mais baixo desde abril, ou antes da crise do DAO, de acordo com o cronograma da Fundação Ethereum. Petar Zivkovski, diretor de operações para a plataforma de negociação de bitcoin, a Whaleclub, chegou a chamar esses desafios recentes de “crise de identidade”.
A partir do meio do verão, entre a sangria do DAO para um hacker, ate os recentes acontecimentos em que outro hacker desconhecido inundou a rede de spams deixando as transações lentas; isso nos mostra claramente que as coisas não tem sido fáceis pelas bandas da Fundação Ethereum. (Talvez fosse bom chamar um encanador, com tanto vazamento as contas sobem bastante, ainda mais no verão!)
No entanto, os desenvolvedores do Ethereum têm mostrado um tom otimista, aparentemente vendo o fork de Ação de Graças como outra experiência de aprendizagem e uma chance de tornar a rede melhor. (Essa é pra quem já leu o livro Polianna)
Resposta dos desenvolvedores
Aqueles envolvidos com o projeto dizem que a equipe está buscando tomar medidas para evitar futuras ocorrências. (ou não olharam antes, ou então estão olhando pelo ângulo errado).
“Desta vez, o fork foi detectado dentro de 6 minutos, o que foi um pouco de sorte”, disse o chefe de segurança da Fundação Ethereum, Martin Holst Swende.(Sorte: uns tem, outros não).
Como os desenvolvedores nem sempre conseguem detectar o problema em um período de tempo tão curto, eles querem ter certeza de que são capazes de reagir rapidamente em uma situação semelhante.
“Estamos trabalhando para melhorar nossas capacidades de detecção, análise, comunicação / coordenação entre as equipes”, disse Swende.
Ele acrescentou que eles estão trabalhando em um relatório “Post Mortem”, destacando as lições aprendidas com vários bugs do Ethereum, que eles pretendem disponibilizar para o público em breve.(deveremos levar flores e velhas?)
Um passo a ser tomado envolve o tempo para testes adicionais de forks “não-críticos”, ou aqueles que não precisam ser executados imediatamente.(fotografando a coleção de garfos da família em 3,2,1…)
O relações publicas da Ethereum Foundation, Hudson Jameson, observou que os desenvolvedores também planejam revisar a Ethereum Improvement Proposal (EIP), um processo pelo qual os desenvolvedores propõem novos padrões de ecossistema ou mudanças no protocolo Ethereum.
“Também existem planos para eventualmente criar uma interface web alternativa para listar EIPs, assim será mais fácil para o usuário médio visualizar EIPs sem ter que navegar em um repositório do GitHub, o que pode ser confuso às vezes”, explicou.(nada parece ser mais confuso que a própria equipe de desenvolvedores, mas tudo bem, vamos ver onde isso vai dar)
Fixação por forks
Houveram outros três forks recentemente.
O último fork técnico, Spurious Dragon, corrigiu alguns problemas diferentes do Ethereum, incluindo a exclusão das contas vazias que o invasor usou para enviar spam para a blockchain. (ótimo vamos nomear os dito cujos, assim fica mais fácil achar na lista de episódios).
Durante toda a semana passada, os desenvolvedores usaram esse poder recém-concedido para excluir todas essas contas vazias, desbloqueando assim a blockchain (um processo que foi oficialmente concluído na quarta-feira). No meio deste processo, no bloco 2686351, um desenvolvedor tentou excluir uma conta vazia, mas não usou gas suficiente. (Dai a conta ficou alegre ao invés de morrer?)
Foi aí que Geth e Parity tiveram um pequeno desentendimento, com grandes consequências. Geth foi adiante com a exclusão das contas, enquanto a Parity não o fez. Assim, a rede temporariamente ficou dividida em duas. (Como em toda boa novela, chegamos ao drama. Conta mais!)
A versão mais recente de Geth, lançada no dia do fork, corrigiu o problema.
“Se você não atualizar, esteja ciente de que você estará em uma cadeia inválida que não é suportada”, Explicou o criador do Ethereum, Vitalik Buterin, em post explicativo a um comentário. (Este comentário teve um pouco de críticas, já que Buterin estava declarando qual cadeia estava correta.).
Além disso, Buterin descreveu isso como um problema com o Geth, mas outros desenvolvedores argumentaram o contrário.
O desenvolvedor do Geth, Péter Szilágyi, comentou na época que “estamos tentando introduzir o bug da Parity no Geth para que não tenhamos que rebobinar a cadeia…” (“Oh Maria Eugênia, não te forkes! Todos te amamos tanto!” Olha o drama familiar aí gente!)
Ainda assim, apesar das pequenas lutas internas, a comunidade Ethereum vê esses eventos como uma oportunidade de fazer melhor na próxima vez.(Otimismo, a gente vê por aqui!)
Blockchain sob ameaça
No entanto, existem alguns que pensam que este é um problema que continuará a impactar a ambiciosa blockchain de contratos inteligentes. Para alguns, os problemas descritos acima reivindicam uma posição oferecida pelo pseudônimo do criado do bitcoin, durante um debate, seis anos atrás.
Uma “ameaça” em potencial é que cada cliente na rede precisa trabalhar em sintonia, quase ao mesmo tempo, mesmo quando escrito em diferentes linguagens de programação. Se houver um deslize (no caso do Ethereum, pequenos desentendimentos de como excluir as contas vazias), a rede pode se dividir.
O co-fundador e diretor de tecnologia da ChromaWay, Alex Mizrahi, argumentou recentemente que, embora várias implementações possam ser consideradas uma coisa boa em outros casos, o risco de perda monetária mostra por que isso não é apropriado para criptomoedas.
Assim, alguns argumentam que um fork foi um resultado inevitável, mas desde que o bitcoin e o ethereum são percebidas como concorrentes, é difícil determinar a honestidade por trás desta análise.
Uma vez que a rede do ethereum não tem uma grande base de usuários, talvez isso não tenha impactado muitas pessoas. Neste caso, aqueles mineiros que continuaram à minerar a cadeia “errada”, provavelmente perderam dinheiro. Qualquer um que fez uma transação na cadeia errada pode ter se surpreendido quando o valor não chegou ao destino.
Ainda não decidi se essa novela é de drama, comedia, pornochanchada, ou sei lá! O que sei é que a Fundação Ethereum tentou dar um passo maior que as pernas, entrando no começo do ano anunciando que o Vikachu era Deus, e sua moeda desbancaria o bitcoin.
Nesses comentários muito não foi levado em consideração, alguns fatos são simples de analisar, o bitcoin não entrou ontem no mercado, não veio cheio de arrogância, cuspindo em todos como se fosse muito superior, o bitcoin fez seu próprio caminho ao longo dos anos, e esses anos, posso garantir, foram cheios de altos e baixos.
O ETH, para mim, parece mais um menino mimado que faz beicinho e bate os pés toda vez que é contrariado. Todas as pessoas que depositam sua fé no bitcoin e em sua tecnologia adjacente, o fazem por estarem certos de que seus recursos investidos estarão seguros, e por agora essa segurança não é oferecida pela fundação Ethereum, por isso tenham muito cuidado daqui para frente, pois o ETH pode ser um bom investimento, mas também pode ser um imenso barco furado.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.