Gemcoin vai a julgamento por operar pirâmide

Um dos líderes de um esquema de Ponzi que envolveu uma criptografia fictícia -Gemcoin- foi condenado a pagar US$ 74 milhões em multas.

O julgamento vem mais de um ano e meio depois que a SEC invadiu os escritórios de uma empresa chamada US Fine Investment Arts Inc (USFIA), alegando que a mesma estava ligada ao esquema. A Gemcoin estava presumivelmente ligada a explorações de minas de âmbar pertencentes à USFIA, atuando efetivamente como valor agregado a clientes de pedras preciosas que acreditavam receber.

No entanto, a SEC passou a argumentar no tribunal que o empreendimento era em grande parte fraudulento, e que o CEO, Steven Chen tinha desviado a maioria dos fundos para empresas de fachada não relacionadas. Estas empresas de fachada eram criadas para manter a maior parte do dinheiro arrecadado com o esquema e estão listados pela SEC como coautores dos crimes.

De acordo com um sentença proferida nesta segunda-feira, Chen e um grupo de entidades relacionadas – incluindo dois trusts imobiliários, uma empresa de consultoria e uma holding de golfe – foram condenados a pagar US$ 51,9 milhões em lucros retornados. O tribunal também deixou Chen pendurado individualmente por US$ 3,8 milhões em juros de prejulgamento, bem como uma pena civil de US$ 16,7 milhões.

Se o caso bem sucedido da SEC contra Chen e USFIA representa o último da história da Gemcoin, no entanto, isso continua a ser estudado.

Entre os detalhes apresentados em processos judiciais anteriores, incluindo um processo de ação coletiva de US$ 100 milhões, estava a alegação de que pessoas vinculadas ao esquema da Gemcoin haviam transferido seus recursos para outro lugar, sugerindo que os esforços de recuperação para os investidores afetados poderiam prolongar-se por algum tempo.

Relatórios anteriores também indicam que o Federal Bureau of Investigation (FBI)  tem investigado a Gemcoin, embora não seja imediatamente claro se a agência tem qualquer motivo para apresentar quaisquer acusações.