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“Hardfork salvador” do Nano pode dar origem a novo precedente legal

Como resultado da luta dos investidores de uma corretora italiana de Bitcoin que foram vítimas do suposto hacking e roubo de mais de US$170 milhões em Nano, um precedente legal bastante interessante e novo para a criptoindústria pode aparecer.

Como resultado da luta dos investidores de uma corretora italiana de Bitcoin que foram vítimas do suposto hacking e roubo de mais de US$170 milhões em Nano, um precedente legal bastante interessante e novo para a criptoindústria pode aparecer.

Em fevereiro, a BitGrail anunciou um roubo de 17 milhões de XRB (Nano), que, pela taxa de mercado na época, equivalia a US$170 milhões. A perda de fundos levou ao anúncio de falência por parte da corretora.

Os usuários, no entanto, acusaram a plataforma de fraude e de ocultação deliberada do incidente que ocorreu ainda em dezembro. Até onde se sabe, inicialmente, a corretora simplesmente bloqueou retiradas em Nano, oferecendo retiradas em Bitcoins em vez disso, e em seguida, exigiu de todos os usuários que passassem pela verificação, sendo que mesmo depois disso, eles não pudiam obter seu dinheiro.

Ao mesmo tempo, houve alegações de que o fundador da corretora, Francesco “The Bomber” Firano, por um longo período de tempo enganou a equipe da Nano Core sobre a solvência da BitGrail. Todas as suas ações recentes foram dirigidas exclusivamente ao seu próprio – e injusto – enriquecimento.

No final da semana passada, um processo foi aberto através do escritório de advocacia Silver Miller no Tribunal Distrital de Nova York contra os desenvolvedores da Nano. Seu iniciador, o cidadão americano Alex Brola, que comprou moedas Nano no montante de US$50 mil de uma corretora italiana em 10 de dezembro de 2014, alega que os desenvolvedores da Nano violaram a lei de valores mobiliários e demonstraram negligência ao emitir sua própria criptomoeda na BitGrail.

"Hardfork salvador" do Nano pode dar origem a novo precedente legal. BTCSoul.com

Vale ressaltar que o demandante exige que a equipe da Nano realize um assim chamado “fork salvador”. Seu objetivo deve ser criar uma nova criptomoeda, que permita “compensar de forma justa” as perdas dos investidores.

O próprio Brola argumenta que os réus, possuindo um grande número de moedas XRB (milhões, se não dezenas de milhões), não querem organizar um fork, pois isso não atende aos seus interesses financeiros. Assim, ele almeja que o tribunal obrigue a Nano a realizar um hardfork.

Apesar de a ação ter sido arquivada em nome de um investidor, representantes da Silver Miller argumentam que o número de potenciais participantes em uma ação coletiva pode chegar a “centenas, se não milhares” de usuários. A empresa planeja entrar em contato com todos eles durante o período de familiarização do réu com os materiais do demandante.

Uma continuação foi dada à história depois que a Nano Foundation criou um fundo especial para a proteção legal das vítimas da BitGrail – a iniciativa propõe arrecadar até US$1 milhão, que protegerá os interesses dos investidores afetados.

Como insistem os representantes do projeto, todas as evidências disponíveis indicam que o motivo da perda de fundos foi um erro do lado da BitGrail. Portanto, embora a entrada do blog não mencione isso diretamente, pode-se supor que a Nano Foundation se oporá ao hardfork.

Vale ressaltar que na semana passada, um hardfork do Monero foi realizado visando combater a mineração ASIC. No entanto, mesmo antes disso, a equipe de desenvolvimento “proclamou a independência”, anunciando que se recusava a seguir a cadeia com o algoritmo atualizado e que continuaria a seguir cadeia antiga – agora batizada Monero Classic (XMC).

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