A Cripto Conserje, uma empresa latino-americana de Blockchain sem fins lucrativos, fez uma parceria com a Horizen (anteriormente ZenCash), sediada em Delaware, para combater a crescente crise de refugiados na América Latina e ajudar as comunidades afetadas.
As duas empresas pretendem educar as pessoas afetadas pela crise sobre criptomoedas, apresentando a cripto ZEN para elas – esta última é uma moeda digital introduzida pela Horizen em meados de 2017.
A crise na Venezuela
Na fase inicial, as empresas têm como alvo as comunidades fortemente afetadas na Venezuela, que vem enfrentando uma enorme crise econômica que se tornou um grave problema nos últimos anos – a inflação crescente transformou a moeda fiduciária nacional em um pedaço de papel sem valor.
A crise é tão grande que milhares de pessoas estão morrendo de fome: de acordo com um relatório da Vox, por exemplo, um salário de um mês para um funcionário de baixa renda no país é insuficiente para comprar até mesmo um cachorro-quente.
Isso resultou em um fluxo maciço de refugiados da Venezuela para a cidade fronteiriça colombiana de Cucuta. De acordo com relatos, mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram da Venezuela nos últimos 4 anos para escapar à inflação, falta de alimentos e escassez de medicamentos.
No entanto, os refugiados só carregam bolívares venezuelanos que não são aceitos na Colômbia. Além disso, devido ao decrescente valor dos bolívares, torna-se muito difícil trocá-los por pesos colombianos.
“Juntos estamos fornecendo carteiras ZEN de papel e educação para os necessitados, garantindo que eles tenham maneiras seguras de acessar e controlar seu dinheiro, não importando onde estejam e em que situação se encontrem”, salientou o comunicado oficial. “Estamos também colaborando com 100 comerciantes locais para que comecem a aceitar o ZEN como pagamento”, acrescentou.
A Cripto Conserje também lançou o Alpha Project para aumentar a adoção de criptomoedas na América Latina, especialmente em Cucuta.
Introdução de uma criptomoeda pelo governo
Vale ressaltar que o governo venezuelano se voltou para as criptomoedas devido ao valor decrescente de sua moeda fiat. No início deste ano, o presidente do país lançou uma criptomoeda patrocinada pelo Estado chamada “El Petro”, que alegadamente é garantida pelas ricas reservas locais de petróleo.
O movimento do governo foi duramente criticado, já que se acreditava que a avaliação do ativo digital era altamente controlada e que as sanções dos EUA ao país impediriam que os comerciantes adotassem a moeda.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.