Pelo menos um criminoso que participou da invasão e roubo de 1 bilhão de tokens da startup de blockchain Crowd Machine já foi detido, mas as corretoras foram forçadas a parar a negociação em tokens CMCT.
Detalhes do incidente e investigação foram publicados no blog da empresa.
#CrowdMachine CEO Craig Sproule has posed an update on the recent #CMCT theft – read it here: https://t.co/uMqnvMzYme The Crowd Machine project remains strong and resourced.
— Crowd Machine (@Crowd_Machine) 25 de setembro de 2018
A carteira Crowd Machine foi comprometida no sábado, dia 22 de setembro, contudo, o primeiro relatório sobre isso apareceu no blog do projeto somente na segunda-feira. De acordo com a Etherscan, os criminosos cibernéticos conseguiram retirar mais de 1 bilhão de Crowd Machine Compute Tokens (CMCT). Em meio a esse incidente, o preço do token caiu em 87% durante um dia (23 de setembro), parando em torno de US$0,0019. No momento, o custo de um token é de US$0,002698.
Dados fornecidos por: CoinMarketCap
Craig Sproule, o CEO da Crowd Machine, disse que no momento, as agências policiais estão investigando o caso, acrescentando que “uma pessoa já foi detida”. Ele não revelou o nome do detido, afirmando que por enquanto, essa informação não pode ser divulgada. Sproule recomendou aos usuários que não trocassem seus tokens CMCT antes do final da investigação.
No momento, sabe-se que os tokens roubados foram transferidos para as contas registradas nas corretoras Aurora (Idex) e Bittrex. O incidente fez com que o token CMCT fosse retirado da listagem na Aurora (Idex) devido a “atividades suspeitas”, enquanto que na Bittrex, as negociações no token foram apenas suspensas.
$CMCT has been de-listed as we investigate suspicious activity reported by the community.
— Aurora (IDEX) *Not Giving Away ETH* (@Aurora_dao) 23 de setembro de 2018
Os participantes do canal Crowd Machine no Telegram sugeriram que os requisitos de identificação de usuários da Bittrex que poderiam facilitar a rápida apreensão de um dos intrusos.
No momento, a Crowd Machine está envolvida na recuperação de fundos roubados. Informações sobre a retomada das negociações com o CMCT, de acordo com Sproule, serão publicadas separadamente.
Vale ressaltar que segundo a CoinDesk, a Crowd Machine chamou a atenção depois que dois desenvolvedores deixaram a Blockstream em fevereiro para participar do novo projeto. Um deles, Ben Gorlick, assumiu o cargo de diretor técnico, sendo que de acordo com seu perfil no LinkedIn, ele deixou este cargo em maio. O segundo, Johnny Dilly, tornou-se chefe do departamento de arquitetura de sistemas da Crowd Machine, contudo, no momento, não há dados sobre isso em sua página do LinkedIn.
Saeed Al Darmaki, conselheiro do projeto, de acordo com suas próprias palavras, deixou o projeto porque não recebeu a compensação prometida em tokens. De acordo com Al Darmaki, devido à “má gestão” de Craig Sproule, outros funcionários também saíram do projeto. Nenhum nome foi especificado.
O objetivo da Crowd Machine é criar uma nuvem distribuída global do tipo de Amazon Web Services que não é controlado por nenhuma empresa e não possui um único ponto de falha. Segundo o site do projeto, o lançamento da Crowd Computer deverá ocorrer no quarto trimestre deste ano.
A pré-venda de tokens Crowd Machine (CMCT) foi lançada em abril, mas a venda pública planejada nunca aconteceu.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.