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Mídia: Alexander Vinnik ajudou hackers russos a intervir nas eleições dos EUA

Os serviços especiais dos EUA ofereceram um acordo ao cidadão russo Alexander Vinnik, que foi preso na Grécia por suspeita de lavar US$4 bilhões através da corretora BTC-e. Como uma fonte informada disse à RIA Novosti, os Estados Unidos supostamente garantem a Vinnik um prazo mínimo de prisão em troca de confissão de culpa.

Alexander Vinnik, suposto coproprietário da corretora BTC-e, cuja extradição foi exigida pela Rússia, França e Estados Unidos, pode esclarecer o caso contra 12 oficiais da inteligência russa, acusados de interferir na campanha presidencial dos EUA em 2016. Isso foi relatado pela Bloomberg com referência à informação da Elliptic.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, os oficiais da inteligência russa usavam criptomoedas para comprar servidores, registrar domínios e pagar por hacking, além de lavar dinheiro usando Bitcoin.

Segundo a Elliptic, os oficiais da inteligência militar russa, supostamente relacionados ao grupo de hackers Fancy Bear, o fizeram através da corretora BTC-e. Analistas acreditam que o site não realizou a verificação do cliente e permitiu que os hackers realizassem operações anonimamente.

Segundo Ilias Spyrliadis, advogado de Vinnik, o russo não possui dados sobre quem realmente utilizou a plataforma. Ele acrescentou que Vinnik às vezes podia ver o passaporte e carteira de identidade ao fazer negócios, mas não tinha como saber se o cliente estava usando documentos falsos ou envolvido em atividades criminosas.

Vale notar que no dia 4 de setembro, o Supremo Tribunal da Grécia decidiu extraditar Alexander Vinnik para a Rússia, onde ele é suspeito de crimes relacionados à segurança cibernética.

Como escreve a TASS com referência aos advogados de Vinnik, no mesmo dia, o tribunal adiou a consideração a pedido da França sobre a extradição do russo para 19 de setembro. Os advogados pediram o adiamento da consideração do recurso a pedido dos franceses, uma vez que os documentos com as acusações da França não foram traduzidos para o russo, e os 60 dias alocados para a consideração conforme o mandado europeu ainda não haviam expirado.

Segundo o próprio russo, a França exige sua extradição para transferi-lo para os EUA.

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