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Mufti do Egito: negociações em Bitcoin contradizem princípios do Islã

O Grande Mufti* do Egito, Sheikh Shawki Allam, emitiu uma fatwa proibindo o comércio em criptomoedas.

O Grande Mufti* do Egito, Sheikh Shawki Allam, emitiu uma fatwa proibindo o comércio em criptomoedas. Isto foi relatado pela CoinDesk com referência à edição local, Egypt Today.

Como observa a fonte, o mufti está convencido de que o Bitcoin é proibido pelo Islã e que “fraude, engano e ignorância” andam lado a lado à criptomoeda.

Fatwa é uma das fontes da lei islâmica. Muitas vezes, uma fatwa é emitida por um estudioso islâmico sobre uma questão específica como uma opinião privada para a declaração de sua posição sociopolítica. Assim, ela não implica quaisquer consequências legais, mas tem influência entre os muçulmanos.

O Grande Mufti do Egito acrescentou que o uso do Bitcoin está repleto de consideráveis riscos, uma vez que a criptomoeda não está sob a supervisão de qualquer autoridade centralizada. Além disso, o expositor do Alcorão cita a alta volatilidade do Bitcoin como um risco relevante.

“Os Bitcoins são proibidos pela lei Sharia porque prejudicam indivíduos, grupos de pessoas ou instituições”, disse o maior jornal egípcio, Al-Ahram.

Por fim, o Mufti está preocupado com a natureza anônima das criptomoedas. Segundo ele, os ativos digitais podem servir de ferramentas para evasão fiscal, bem como contribuir para o branqueamento de capitais, fraude e financiamento do terrorismo.

Lembramos que no verão passado, representantes do Banco Central do Egito afirmaram que não reconhecem criptomoedas como meios de pagamento legais e também negaram rumores sobre a integração de ativos digitais no setor bancário do país.

* Mufti – jurisconsulto supremo e intérprete qualificado do Alcorão para resolver os pontos controvertidos da lei.

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