Um colaborador do projeto Monero (XMR) propôs a reforma da GUI da carteira, pois acredita que alguns usuários podem não estar interessados nos detalhes mais técnicos da execução de um nó completo e, em vez disso, querem ter apenas um programa de computador que acessa fundos e lida com transações.
“A comunidade há muito estipulou que, em sua forma atual, a GUI não é adequada para os que não conhecem bem a tecnologia. Pessoalmente, reconheci essa situação e, portanto, proponho adicionar um modo simples, que seria significativamente melhor para aqueles com conhecimento básico da tecnologia”, escreveu o colaborador que usa o nome dEBRUYNE-1.
O “modo simples” que o usuário propôs teoricamente removeria opções geralmente adaptadas para usuários avançados, como a capacidade de selecionar a testnet ou a stagenet da Blockchain do Monero. O modo proposto também remove recursos adicionais, incluindo aquele em que usuários avançados podem assinar um arquivo de transação em uma carteira de armazenamento frio e enviá-la por meio de um nó “quente” que tenha privilégios somente de visualização.
A sugestão mais importante poderia ser a capacidade de se conectar imediatamente a um nó remoto, em lugar de executar um nó completo na rede – isso removeria todo o processo de configuração do nó e permitiria que usuários não experientes colocassem a carteira em cima de outro nó na rede sem precisar baixar cerca de 50 gigabytes de dados da Blockchain.
A interface atual já permite isso, mas a configuração é um pouco mais complicada. Os usuários que desejam se conectar a um nó remoto são recebidos com a seguinte notificação:
Ao invés de se conectar a um servidor de terceiros imediatamente, o usuário deve localizar uma lista de nós remotos ativos e conectar-se a um deles, potencialmente conectando-se a um nó inseguro.
Algo como conexões automáticas para nós remotos já existe no ecossistema do Bitcoin através da carteira Electrum, mas sua interface sofre de falhas semelhantes, às vezes exigindo que os usuários saibam a diferença entre as chaves e hierarquias BIP-39 e BIP-44.
Riccardo Spagni, principal desenvolvedor do Monero, não comentou a situação até agora, mas muitos outros desenvolvedores do projeto são a favor da proposta.
Vale ressaltar que o Monero historicamente tem sido uma criptomoeda para “pessoas comuns” e é líder em capitalização de mercado entre todas as moedas que focam na privacidade. Uma das principais atualizações deste ano para o software garantiu que a mineração continue a ser lucrativa para indivíduos que não possuem dispositivos ASIC especializados e caros.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.