O Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, realizou consultas com 120 estados membros da ONU, representantes do mercado financeiro e outras comunidades sobre o impacto das tecnologias financeiras e da Blockchain nos processos globais. Como resultado, um grupo de 20 especialistas foi formado para explorar possíveis formas de desenvolver um registro distribuído para a organização internacional.
“Este é o primeiro grupo de trabalho de seu tipo dentro da ONU, que será constituído dos melhores programadores, políticos, cientistas e analistas. Os atuais meios de cooperação internacional não acompanham a velocidade da inovação. As Nações Unidas podem ser uma plataforma única para interação efetiva de países na era digital. O espírito de competição nessa área dificulta a realização do potencial das tecnologias digitais. Foi para o desenvolvimento sustentável dessa área que criamos esse grupo de trabalho”, afirmou Guterres em um comunicado.
António Guterres, principal iniciador do estudo da tecnologia de Blockchain na ONU, explicou sua visão, dizendo que a tecnologia de Blockchain ajudará a resolver muitos problemas mundiais. Melinda Gate, uma conhecida filantropa, foi convidada para ser uma das líderes do grupo, focando na cooperação no campo digital e na solução dos maiores problemas do mundo no campo das comunicações internacionais. Jack Ma, fundador do Alibaba, será responsável por monitorar o desenvolvimento e implementação da Blockchain na ONU.
Guterres também enfatizou que a iniciativa foi desenvolvida como uma maneira de controlar e influenciar a tecnologia em desenvolvimento que trará muitas mudanças para vários aspectos da vida humana, incluindo economia, comércio, segurança, etc. Em vez de lutar com um sistema desconhecido e inexplorado, as Nações Unidas querem aproveitá-lo, dando vida ao seu próprio desenvolvimento no campo de Blockchain.
Vale notar que dois anos atrás a ONU já tentou explorar a tecnologia de Blockchain. Em outubro de 2016, as Nações Unidas acrescentaram Blockchain à lista de tecnologias importantes a serem estudadas. Segundo informações divulgadas naquele tempo, a ONU almejava empregar a tecnologia na criação de um “governo transparente” e garantir a segurança da identificação de cidadãos de diferentes países.
A ONU também acredita que a comunidade de Bitcoin tem uma tendência a “soluções de colonização tecnológica” e “propaganda tecno-libertária”, oferecendo a moeda digital como uma solução para os problemas dos países em desenvolvimento. No entanto, de acordo com a organização internacional, a imposição de “alta tecnologia” e a propaganda de ideais políticos libertários representam um perigo para a comunidade mundial.
Vale lembrar que as Nações Unidas anteriormente anunciaram que utilizariam a tecnologia IOTA na circulação de documentos e cadeias de suprimentos. É possível ler mais sobre isso aqui.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.