Autoridades norte-coreanas usam ativos criptomonetários e a capacidade das corretoras internacionais para minar a política de sanções dos EUA e ocultar os processos de lavagem de dinheiro. Isso foi relatado pelo The Asia Times, referindo-se à opinião de especialistas.
Miranda Lourdes, analista independente de inteligência financeira e crimes e o advogado americano Ross Delston estão convencidos de que Pyongyang usa criptomoedas para contornar as sanções, evitando as exigências da política KYC (Know Your Customer).
Os especialistas descrevem o esquema norte-coreano da seguinte maneira: “O governo da RPDC pode abrir uma carteira online usando um serviço russo, depois transferir criptomoedas para uma carteira búlgara e, em seguida, transferir os fundos para uma carteira grega, tudo através de uma rede anônima baseada em sua própria Blockchain”.
A falta de uma única linha de atividade financeira, de acordo com Lourdes e Delston, é alcançada através do uso de misturadoras de Bitcoin que escondem os dados do remetente.
Como observam os especialistas, este esquema permite que a RPDC troque criptomoedas por dinheiro fiat, executando operações em sites europeus, asiáticos e americanos. Como resultado, a Coréia do Norte pode livremente receber moeda estrangeira e, de fato, contornar as sanções.
Por fim, ainda em menção à RPDC, lembramos que em fevereiro, a Agência Nacional de Inteligência da Coréia do Sul anunciou que o país poderia estar envolvido no ataque contra a Coincheck.
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