O Partido Pirata da Islândia conquistou 14,5% dos votos nas eleições gerais do país, superando suas previsões, mas ficando aquém de uma maioria.
Status do partido pirata: “No topo da cadeia alimentar”
O tão defendido movimento ganhou sete cadeiras no parlamento islandês, mais do que triplicando sua presença para o próximo mandato para dez membros. Até o fim de semana passada, ocupava apenas três lugares.
Os números finais estão em @PiratePartyIS agora tem 10 membros do parlamento e 14,5% dos votos! https://t.co/DWYVW3LEMI, publicou @birgittaj em 30/11/16.
As votações que levaram à eleição colocaram os Piratas entre 18 e 30% dos votos, com uma pontuação superior, provavelmente levando a uma maioria no parlamento.
Falando após os resultados chegarem, a líder do partido Birgitta Jónsdóttir usou um tom realista.
“Nossas previsões internas mostraram 10 a 15 por cento, então estamos no topo da escala”, explicou à Reuters. “Sabíamos que nunca teríamos 30%.”
O governo incumbente e turbulento da Islândia, e a campanha eleitoral deste ano tem sido de especial interesse para a comunidade de criptomoedas. Como parte de seu mantra, o partido pirata advoga o uso de Bitcoin e implica o abrandamento da proibição absoluta do governo da Islândia em seu uso.
Jónsdóttir declarou que seu desejo é transformar o país em uma “Suíça de bits” se o partido ganhar o controle.
O resultado de 14,5% sugere que os Piratas terão, no entanto, poder notável em coalizão com outros partidos minoritários. A eleição produziu outros resultados surpreendentes, com o Partido Progressista perdendo 11 cadeiras e o novo grupo de Regeneração entrando na arena política com 7 cadeiras e 10,4% dos votos.
As atualizações mais recentes sugerem que o concurso de fechamento está produzindo problemas para as partes vencedoras, com a perspectiva de negociações complexas de coligação.
Jónsdóttir e o ‘hacking’ da política islandesa
A linguagem de Jónsdóttir sinaliza um claro contraste com o estabelecimento das políticas do partido, agora mais do que nunca. Nos dias antes da eleição, ela comparou seu papel de guiar os Piratas para o poder político com o de um hacker. (Ela anteriormente expressou seu desgosto por ser referida como ‘líder’ do partido).
“Eu definitivamente abordo este trabalho a partir da perspectiva do hacker”, disse ela. “Eu não quero aprender o que não é possível, porque é assim que eu sei sobre limitações, começo a respeitá-las. É melhor fingir que você não conhece as limitações, para que você possa quebrá-las.”
O arrependimento pelos resultados, entretanto, não se limita, de modo algum, a um setor da sociedade. Os jovens eleitores que saíram em peso para apoiar os Piratas têm falado sobre a necessidade de a situação política da Islândia mudar radicalmente.
“Estou muito triste”, disse um aluno ao jornal britânico The Guardian. “Esta é a nossa próxima geração, é ela que está levando o país para o próximo nível. Mas eles continuam votando nos mesmos políticos ultrapassados e corruptos de sempre. Parece um País que eu conheço, sempre reclamando, cada vez mais enfiado em escândalos de corrupção, sempre com os mesmos candidatos, nada muda!
A Islândia não é a única com partition pirata
A iniciativa pirata possuí partidos em mais de 60 países, inclusive o Brasil e Portugal, contudo a situação inerente destes países faz com que este tipo de partido fique sujeito às sombras, junto com todo o resto da inovação tecnológica mundial. Cabe então a nós, tanto jovens quanto mais experientes o dever cívico de contribuir para a melhoria e atualização de nossos sistemas, levando nossos países, também, para o século XXI.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.