Quando se trata de comprar uma nova placa de vídeo ou uma “fazenda” inteira, muitos mineradores se concentram principalmente no desempenho em MH/S (um milhão de somas hash por segundo). Por exemplo, o GTX 1070 com aceleração dá 31-33 MH/S e todos os proprietários de placas de vídeo tentam alcançar seus mega-hashs máximos.
Nesse artigo, falaremos sobre o motivo pelo qual este indicador não é o único que merece atenção, bem como sobre a distribuição de recompensas pelas pools e a maximização do lucro.
Primeiro, é preciso entender como os mineradores recebem sua recompensa, pois existem várias opções de pagar a recompensa para a pool. Nem todas elas são baseadas na potência de suas placas gráficas expressada em MH/S (todas as soluções que suas placas geram), mas sim no número de shares que enviados – as soluções corretas que atendem às condições da pool.
PPS (Pay per Share): essa é a maneira mais fácil de distribuir recompensas, pois é onde o pagamento é efetuado por cada share enviado. A pool decide que está interessada em comprar de um determinado vendedor um share por 1 centavo e, em seguida, apenas lhe paga um centavo por cada share enviado.
PROP (Proportional): pagamento proporcional aos shares contribuidos. Supondo que cinco fazendas estão trabalhando em uma pool e enviando shares: as fazendas n° 1, 2 e 3 enviaram 10 shares, a fazenda número 4 enviou 20 e a fazenda número 5 enviou 100. Depois de encontrar o bloco, a recompensa será dividida entre os participantes de acordo com a quantidade de shares que cada um enviaou à pool.
PPLNS (Pay Per Last N Shares): semelhante ao PROP, nesse método, os mineradores participam da distribuição de recompensas com base em esforço contribuido (share). A diferença entre o PPLNS e o PROP é que no PPLNS há proteção dos assim-chamados “pool-hoppers” – mineros sem escrúpulos que correm através de pools com o pagamento de PROP, enviam shares e saem, pois sabem que terão algo quando o bloco for encontrado. Então, PPLNS não considera todos os shares que foram enviados pelos mineradores enquanto a pool procurava o bloco, e sim os últimos X shares. Por exemplo, no 2Miners.com no grupo Ethereum, apenas os últimos 3.000 shares enviados pelos mineradores são usados para calcular a recompensa. Nesse caso, se um dos usuários enviou 1500 dos últimos 3 mil shares, ele receberá 50% do lucro do bloco encontrado.
Na pool da moeda Zcash, os últimos 20 mil shares são utilizados para calcular as recompensas usando o sistema PPLNS. No mundo das pools de mineração, considera-se que 1-3 mil shares para pools PPLNS com algoritmo Dagger-Hashimoto e 10-30 mil shares para pools PPLNS com algoritmo Equihash são o “padrão-ouro” de configurações.
Foi possível notar que todos os métodos de distribuição de recompensa aos mineradores (PPLNS, PROP e PPS) não dependem diretamente dos indicadores de MH/S. Este é o ponto chave. Ao configurar equipamentos para mineração, é preciso cuidar de sua estabilidade. Se a fazenda emitir shares maus (“rejeitados”) ou atrasados (“obsoletos”), o mineiro não receberá sua peça de “torta” durante distribuição das recompensas na pool. Pior ainda, se, na busca de belos indicadores de MH/S, a fazenda travar ou reiniciar por causa da aceleração excessiva das placas de vídeo.
Como mostra a prática, é melhor conceder às placas uma oportunidade de trabalhar a uma velocidade de 31MH/S com o tempo de atividade da fazenda de 10-20 dias, do que acelerá-las para 33MH/S e ter problemas com a estabilidade.
Afinal, o trabalho estável é a chave para maiores lucros. A propósito, em pools com estatísticas expandidas, é sempre possível perceber a proporção atual de soluções e a recompensa recebida, se o bloco for encontrado nesse exato momento. Vale lembrar que se o mineiro se desconectar da pool e ela estiver fazendo uso do sistema de pagamento PPLNS, sua parte será rapidamente tomada por outros mineradores.
A pool não tem idéia de quantos MH/S uma placa de vídeo tem. Em vez disso, ela analisa o número de shares (soluções corretas) enviados e desenha nitidamente belos gráficos de hashrate usando esses dados.
A propósito, existem pools que obtêm e colocam no cronograma o assim-chamado Reported Hashrate do programa, ou seja, o valor do hashrate que a pool recebe do minerador. Lembre-se: o minerador não é pago por esses gráficos, e sim pelo hashrate verdadeiro.
Isso pode ser visto muito bem usando o exemplo do ethermine.org. Esta pool mostra tanto o Reported Hashrate quanto o hashrate real do minerador, calculado com base no número de shares enviados por ele.
O conselho que podemos dar é muito simples: tente conseguir o máximo de tempo de trabalho para suas fazendas sem travadas e reinicializações. Se necessário, reduza gradualmente a aceleração. Ao fazer isso, os valores MH/S diminuirão, mas seu bolso lhe agradacerá pela operação sem falhas.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.
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