O comportamento recente do preço do Bitcoin, devido aos acontecimentos na China, levantou a duvida se a moeda digital pode sobreviver sem o apoio do país, o maior do mundo no que se trata da maioria das atividades relacionadas à nova tecnologia.
No entanto, pontos de vista diversos nos recentes eventos mostram que a China tem apresentado ao mundo uma oportunidade exemplar para tornar o mercado Bitcoin menos dependente dela.
Houveram conversas sobre um quadro regulamentar sendo elaborado, não apenas na China, mas em outras partes do mundo. O debate começou sobre até onde um governo pode ir para proibir o uso de Bitcoin em sua jurisdição. A recente queda no preço da Bitcoin também encorajou uma forma de redistribuição da riqueza, já que alguns relatórios dizem que o baixo preço do Bitcoin tornou possível para alguns novos usuários em países como a Índia, da América do Sul e partes da África, comprarem alguns BTCs.
Em suma, isso demonstra que quando os governos não podem fazer algo se tornar ilegal, eles o adotam. Parece mais provável que o Bitcoin seja abraçado por países como os Estados Unidos, União Européia, China, Rússia e Japão.
Os países agora tendem a ver as oportunidades que o Bitcoin lhes apresenta para atender às necessidades de uma classe média em crescimento e àquelas pessoas que mudam seu dinheiro físico para digital.
Note que não existe uma única nação que não tenha se envolvido. Embora a China ainda tenha a vantagem em termos de adoção antecipada, vários países estão se envolvendo em atividades relacionadas ao Bitcoin e teremos novas informações com o passar do tempo.
De acordo com o COO da Remitsy e organizador do Bitcoin Meetup de Pequim, Neil Woodfine, o enorme volume de comércio da China tem sido enganoso, bem como o domínio do país na mineração do Bitcoin, mostrando que esses dados não se traduzem em controle sob o BTC. Ele também argumentou que pensar em termos de Estados-nações não funciona quando se trata do Bitcoin.
Woodfine afirma que a proposição de valor do Bitcoin é muito grande para simplesmente desaparecer, mesmo no pior cenário, um em que as bolsas chinesas fossem fechadas, ou os comerciantes chineses ficassem entediados e se transferissem seu interesse para outro ativo.
“Só podemos especular. A verdade é que, o cripto-mercado da China parece se desenvolver rapidamente, ninguém pode negar isso. No entanto, o Bitcoin é uma moeda global, não dependente de uma economia única, não importa quão poderosa ela seja. A disposição da China em colocar esforços no comércio de Bitcoin deve encorajar outros países a adaptarem seu legislativo em favor de uma abordagem mais flexível às criptocorrências. Temos de evoluir nossos negócios para além dos anos 2000. Não significa abrir portas completamente e não estabelecer regras significativas. Temos de reconhecer que as criptomoedas são uma alternativa igual às moedas fiduciárias”.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.
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