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Procuradoria Geral do Estado de Nova York declara vulnerabilidade de corretoras à manipulação de mercado

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Corretoras criptomonetárias são vulneráveis à manipulação de mercado e não possuem métodos padrão de proteção ao consumidor que estejam disponíveis nos mercados financeiros tradicionais. Essa conclusão foi feita pela Procuradoria Geral do Estado de Nova York em seu relatório sobre a integridade do mercado de moedas virtuais e relatada pela CNBC.

A agência também informou que enviou dados sobre várias corretoras para organizações reguladoras em conexão com possíveis violações de leis.

O relatório de 32 páginas, de autoria da procuradora-geral Barbara Underwood foi publicado na terça-feira e trata de questões como “transparência, integridade e segurança” da negociação criptomonetária. De acordo com os resultados, as corretoras não estão particularmente preocupadas com a proteção dos investidores.

“O setor ainda não implementou ferramentas sérias de monitoramento de mercado, semelhantes às usadas em plataformas de negociação tradicionais, para identificar e punir os organizadores de atividades suspeitas de traders”, salientou o relatório.

Lembramos que em abril, o ex-procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman, enviou para 13 corretoras um questionário a fim coletar informações sobre a gestão, financiamento, termos de serviço, protocolos de privacidade, relações com outras instituições financeiras e uso de robôs de negociação.

Algumas corretoras, como por exemplo, a Coinbase, responderam ao pedido, divulgando informações sobre ativos, recursos captados e funcionários. Por outro lado, a Kraken recusou categoricamente tal cooperação, após o que várias outras plataformas seguiram seu exemplo.

“A Procuradoria não pôde estudar as práticas e procedimentos das plataformas que se recusaram a cooperar (Binance, Gate.io, Huobi e Kraken) em relação à manipulações durante negociação. No entanto, o comentário público da plataforma Kraken causa preocupação. Em sua declaração sobre a recusa de participar da iniciativa, a empresa disse que a manipulação do mercado “não preocupa a maioria dos traders criptomonetários”, embora a mesma reconheça que “esquemas fraudulentos são muito comuns” neste setor”, ressaltou o documento.  

O relatório também aborda a questão da presença das corretoras mencionadas no estado de Nova York, apesar da ausência de uma BitLicense. O documento diz que as informações sobre Binance, Gate.io e Kraken foram transferidas para a Autoridade de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS).

“A Procuradoria verificou se essas plataformas aceitam traders do estado de Nova York. Com base nos resultados da investigação, a Procuradoria passou informações sobre as corretoras Binance, Gate.io e Kraken à Autoridade de Serviços Financeiros em conexão com possíveis violações das regras para moedas virtuais que estão em vigor no estado de Nova York”, diz o documento.

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