Ransomware sabia o que é, como funciona e como se defender dele.
Ransomware é um tipo de vírus que faz seu sistema de refém, os hackers usam esse malware para lucrar. Nessa modalidade de crime eles “sequestram” seu sistema e exigem pagamento de resgate para liberá-lo. Esse é um dos mais novos crimes cometidos no mundo virtual. De acordo com um ex-procurador-geral-adjunto do Departamento de Divisão de Segurança Nacional de Justiça dos EUA, os resgates são cobrados em moedas virtuais, como em bitcoin, devido a grande complexidade que existente em rastreá-las.
Imagine a seguinte cena: Você sentando diante de seu computador vendo uma partida de futebol, de repente ele começa a dar avisos de que a policia federal está te rastreando. Desesperado, você tenta fechar a janela, porém muitos outros pop-ups continuam aparecendo; nesse momento na sua tela aparece seu ip bem como a cidade que você mora. Já sem saber o que fazer você tenta fechar tudo e então, supresa! Descobre que seu pc esta lacrado, e em seguida recebe uma mensagem dizendo que seu pc testa lacrado e que só será liberado mediante um pagamento de, digamos, 1 btc. Pronto, seu pc foi sequestrado, deixando seu sistema e todos os seus arquivos reféns de um hacker.
O aumento desse tipo de ataque foi de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, esses dados foram levantados pela Kaspersky Lab. De acordo com dados da empresa, foram detectados 2,9 mil novos ataques durante o período, que somam 15 mil variantes diferentes.
Há uma outra razão para o aumento dos ataques de ransomware: a falta de conhecimento de usuários e empresas, que acreditam ser impossível vencer a ameaça e, dessa forma, acabam cedendo ao pagamento do resgate.
Os principais alvos desses ataques são: Pequenas e grandes empresas; autoridades policiais, agências governamentais, organizações de saúde, instituições educacionais e, claro como não poderia faltar em se tratando de dinheiro, instituições financeiras.
O Locky foi um dos ransomware mais ativos e propagados no período. A Kaspersky Lab detectou ataques em 114 países e a ameaça ainda está em atividade. O Petya também identificou a variação do código malicioso, que criptografa dados armazenados no computador e consegue substituir o Registro Mestre de Inicialização (MBR) do disco rígido, impedindo que os computadores infectados inicializem o sistema operacional.
De acordo com o relatório, as três famílias mais importantes de ransomware detectadas no início do ano foram: Teslacrypt (58,4%), CTB-Locker (23,5%) e Cryptowall (3,4%). As três se propagam principalmente por mensagens de spam com arquivos anexos maliciosos ou links para da páginas web infectadas.
Além do surto dos ransomware, a Kaspersky Lab listou ainda outras ciberameaças de destaque no 1º trimestre de 2016. Segundo os dados da Kaspersky Security Network, o cenário global contou com:
21,2% dos internautas foram alvos de ataques web pelo menos uma vez, o que representou uma redução de 1,5% em comparação do o último trimestre de 2015.
44,5% dos usuários da Kaspersky Lab foram alvos de um malware pelo menos uma vez, o que representa um aumento de 0,8% em comparação ao trimestre anterior.
459.970 usuários foram protegidos de tentativas fraudulentas para acessar os serviços de Internet Banking e roubar o dinheiro do alvo. Adware foi o líder entre as ameaças para dispositivos móveis no período, tendo 42,7% dos ataques registrados. Os trojans móveis registraram 4.146 novos ataques, um aumento de 1,7 vezes em relação ao trimestre anterior. Além disso, o número de SMS-Trojans detectados continua aumentando.
O número de novos ransomware para dispositivos móveis aumentou 1,4 vezes; de 1.984 no fim de 2015 para 2.895 no início deste ano.
Não é sem motivos que os bancos agora fazem pequenas reservas em bitcoin, a fim de pagarem o resgate de seus sistemas em caso de um ataque cibernético.
Nesse interim o FBI tenta de todas as formas acabar com a segurança proporcionada pela apple a seus usuários alegando que é impossível invadir um iPhone (como se isso fosse uma coisa ruim). Eles tentam exigir uma lei que force a apple a deixar uma “porta dos fundos” onde, supostamente, a policia poderia entrar, caso necessário. Porém, essa porta também poderia ser usada por pessoas mal intencionadas e os usuários da apple perderiam a confiança em seus parelhos.
Outro vilão, na mente tacanha das autoridades, dos EUA é o bitcoin. Eles alegam que devido à dificuldade de rastreamento da moeda, esses criminosos saem impunes mais vezes. Em minha opinião, a culpa não é nem da apple e muito menos do bitcoin. Acaso podemos culpar o dólar pelos sequestros que exigiam dinheiro nessa moeda? Podemos culpar a arma pelo tiro disparado? Esses são objetos que não tem animação nenhuma, seus donos é que deveriam ser culpados e não eles.
Na verdade a única culpa aqui é da ganancia humana, da natureza dos seres humanos, que não contente em ter sua parte deseja ardentemente tomar a de outros. O que se espera que seja combatido, porém, sem que a população perca seus privilégios e direitos.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.
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