Relatório afirma que blockchains mudarão o mundo. O professor David Yermack, presidente do departamento de finanças da Universidade de Nova York, se apresentou essa semana na primeira conferencia acadêmica focada em Fintech do Imperial College London. Ele apresentou um relatório, inédito, que argumenta que as blockchains irão evoluir de forma diferente nos mercados mundiais. A exemplo disso ele citou, funções, tais como assentamentos de ações que um dia serão realizadas em blockchains públicas como bitcoin, ao contrário de alternativas privadas.
No geral, Yermack, ofereceu uma visão muito mais ampla para o uso de blockchain em finanças do que vem sendo considerado pela indústria.
Tomando um artigo da DTCC como exemplo, Yermack disse em seu relatório “Embracing Disruption” que tais publicações fazem pouco para mostrar ou ilustrar como a blockchain poderia mudar o atual estado das coisas.
Isso não quer dizer que Yermack não tenha uma visão realista de blockchains públicas. Pelo contrário, ele reconheceu as limitações de rendimento do bitcoin e seu sistema de consenso, mas observou que é algo que a indústria terá de trabalhar muito ainda para conseguir melhores soluções.
Ainda assim, ele insistiu que o futuro das finanças será estimulado por blockchains realmente descentralizadas, que não têm monopólios que protegem o acesso a ações, títulos e moedas.
Falando de onde o rompimento virá, Yermack vê três potenciais jogadores. Estes incluem challengers (outsiders completos procurando mudança); colaboradores (como Overstock e R3); e os reguladores (países como o Reino Unido, Austrália e Canadá).
Ele estava otimista de que os reguladores poderiam ser os agentes mais ativos da mudança, mesmo indo tão longe para impor as mudanças que permitem que a tecnologia seja usada de forma mais ampla.
Curiosamente, o caminho mais rápido que ele considera para que a mudança para blockchains aconteça na indústria são as eleições corporativas, um caminho pelo qual já segue a Nasdaq. A votação dos acionistas é ineficiente quando se trata da contagem dos votos, e o resultado são mais ou menos 5% do que deveriam ser.
Além disso, no modelo atual, existem muitos desafios quando se trata de eleições corporativas. Existem vários livros diferentes de propriedade, mantidos pela empresa, o corretor e ao mercado em geral, o que dá origem a resultados diferentes de voto.
A Broadridge que tem o que ele chamou de “um monopólio que é muito ineficiente” administrando eleições corporativas, também está interessada em blockchains.
Mas, Yermack foi além das palavras, mostrando que as eleições corporativas são propensas a discrepância de dados. Tais questões, ele acredita, poderiam ser eliminadas com a ajuda de sistemas de votação baseados na descentralização das blockchains.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.
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