Stablecoins são moedas desenvolvidas para manter um valor estável em uma moeda fiduciária, à escolha de seus criadores. Cada stablecoin possui um mecanismo único de controle, mas em geral todas funcionam de maneira semelhante: elas possuem algum tipo de garantia e também inspecionam a oferta e a demanda para controlar o preço.
O desenvolvimento de moedas estáveis surgiu da necessidade de o mercado possuir uma moeda que tornasse mais acessíveis as transações em dólares, devido às dificuldades com regulamentação e restrições. Nesse sentido, ter um substituto da moeda americana permite aos usuários sair de uma criptomoeda, como o Bitcoin, em um bolsa que não aceita dólar e, ao mesmo tempo, manter posicionamento em uma moeda estável. Assim, o movimento de troca de uma moeda qualquer por uma moeda estável se assemelha à venda de uma moeda por uma outra moeda fiduciária mais estável.
Ademais, as stablecoins garantem um maior nível de liquidez e, portanto, são bastante convenientes para operadores e usuários de câmbio e também para o mercado como um todo.
Contudo, apesar dos benefícios oferecidos pelas stablecoins ao mercado, este tipo de ativo traz também algumas preocupações, a saber:
Apesar do desafio que pode ser controlar o preço de um ativo no mercado, existe hoje um número considerável de equipes tentando fazê-lo. Para que uma moeda seja de fato viável e estável, ela deve contemplar os seguintes pontos: Estabilidade de preços; Escalabilidade; Privacidade; e Descentralização. Atualmente, as moedas stablecoins não têm conseguido contemplar todos os pontos citados, mas muitas estão tentando e, para isso, elas têm abordados diferentes modelos incluindo: 1) emissão de IOU centralizada; 2) garantia real; e ações de senhoriagem.
Este é o modelo usado pelos tokens Tether e Digix, por exemplo, e em um primeiro momento exige emissão de notas promissórias. Neste modelo, uma empresa centralizada mantém ativos retidos em uma conta bancária ou cofre, e emite tokens que representam uma reivindicação sobre outros ativos. Uma vez que o token digital representa reivindicação sobre outros ativos ele garante valor para si.
No entanto, o principal contra dessa abordagem é a centralização. Esse modelo exige que os usuários confiem que a parte emissora realmente possua os ativos representados e que realmente estejam dispostos a honrar as notas promissórias. Nesse sentido, o modelo de emissão de IOU centralizada implica um risco sério de contraparte de detentores do token.
Este modelo, inicialmente usado por BitShares e posteriormente adotado pelos tokens Maker e Havven, consiste em criar stablecoins apoiadas por outros ativos da rede que já possuem um bom grau de confiança. No modelo Garantia Suportada, o pilar que sustenta a moeda estável é naturalmente uma criptomoeda descentralizada. O token Merker, por exemplo, é apoiado pelo ETH como garantia em um contrato inteligente da Ethereum.
O maior problema deste tipo de modelo, é que as moedas nas quais estão apoiadas geralmente também são voláteis, o que é bastante comum no mercado de criptomoedas. Nesse caso, se o valor do ativo cair de maneira repentina, as moedas emitidas podem se tornar indisponíveis. Para tentar controlar esse problema, os projetos de moedas estáveis dentro deste modelo exigem que funcionários estejam atentos de maneira incansável. No entanto, apesar da medida parecer segura, existe sempre a possibilidade de ocorrer um evento atípico e forte o suficiente para comprometer as stablecoins. Cada projeto tem um tipo de abordagem específico para lidar com esses eventos.
Abordagem | Projetos |
Emissão de IOU centralizada | Tether |
TrueUSD | |
Arccy | |
Stably | |
Corrente apoiada em Garantia | BitShares |
Sweetbridge | |
Havven | |
Augmint | |
Ações de Senhoriagem | Carbon |
Kowala | |
Basecoin | |
Fragments |
O modelo de abordagem Ações de Senhoriagem age da mesma maneira como age o banco central em relação às moedas fiduciárias, expandindo e contraindo a oferta da moeda estável em termos do preço. Neste modelo é criada uma alocação inicial de tokens, que são atrelados a algum ativo como, por exemplo, o dólar, em que à medida que a demanda pela stablecoin aumenta ou diminui, a oferta automaticamente é alterada mantendo o mesmo equilíbrio.
A grande questão deste modelo é conseguir controlar a oferta de maneira descentralizada e resiliente. No entanto, ao mesmo passo que a expansão é fácil de ser resolvida, a contração da oferta é bastante complexa. Para garantir que a oferta caia é necessário retirar moeda do mercado, o que é bem possível quando se tem um sistema centralizado, que vende títulos em troca das moedas em circulação. No entanto, num sistema descentralizado, quem perde dinheiro? O usuário fará esse movimento de maneira voluntária ou será forçado? Se for voluntário, que motivação este indivíduo tem para tirar a sua moeda de circulação?
Diante desses impasses, muitos economistas acreditam que é impossível criar uma stablecoin que cumpra todos os principais objetivos para ter sucesso. No entanto, os projetos de stablecoins baseados em Ações de Senhoriagem estão focados em atingir o sucesso tentando fazer o que a Federal Reserve faz com o dólar, porém de maneira descentralizada e algorítmica.
Além de manter o preço estável, principais propostas das stablecoins, esses ativos ainda possuem outros desafios, incluindo escalabilidade e privacidade. Uma stablecoin descentralizada só poderá ser amplamente adotada pelo mercado caso consiga manter níveis elevados de privacidade. Isso porque, embora muitas pessoas não se importem com essa questão, as corporações precisam deste recurso para manter anônimos seus interesses comerciais e relacionamento com outras corporações, entre outras coisas. Nesse sentido, um ativo como o Bitcoin, por exemplo, não pode ser amplamente adotado, ainda que seus endereços sejam pseudônimos.
Ademais, outro desafio enfrentado pelas stablecoins está relacionado ao fato de todas elas serem atreladas a alguma moeda fiduciária, na maioria das vezes o dólar. Isso faz com que os seus detentores acreditem que elas sejam completamente fungíveis quando na verdade isso quer dizer que elas gravitam em torno do preço deste ativo. Mesmo as moedas que possuem total garantia nem sempre podem ser negociadas na posição dependendo da estrutura do mercado. Nesse sentido, para o sucesso desses ativos, os usuários devem assumir que as stablecoins não são totalmente fungíveis para o ativo indexados, mas que são como seus próprios ativos flutuantes que acompanham de perto o valor deste ativo por meio de uma combinação de garantias resgatáveis, incentivos de mercado e expectativas futuras.
Portanto, superar esses desafios e criar um ativo de sucesso requer um longo processo de criação de sistema, em que as pessoas acreditem que essa estabilidade é viável e assumam esses ativos como uma boa reserva de valor.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.
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