Segundo CEO da Startup Goldman-backed, todas as moedas globais se tornarão moedas criptografadas, ou seja, criptomoedas.
Em entrevista à CNBC, Jemery Allaire, CEO da Circle afirmou que cada moeda do mundo, desde o dólar até o yuan chinês, terá uma versão própria de criptomoeda. Em sua opinião, toda moeda fiduciária será criptografada.
A Circle, disponibiliza um aplicativo baseado em blockchain que permite que os usuários realizem transações gratuitamente. Além disso, a Startup oferece também produtos que permitem aos usuários investir em criptomoedas como bitcoin e ethereum, e facilita a negociação de criptomoedas sem receita para investidores institucionais.
A empresa, que tem valor de mercado de US$ 3 bilhões, é apoiada pelo banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs e pela gigante de internet chinesa Baidu, e informou recentemente que tem intenção de introduzir ao mercado uma nova criptomoeda atrelada ao dólar norte-americano, chamada “USD Coin”. A proposta consiste em formular recursos a fim acelerar as transações feitas com dólares usando a tecnologia blockchain e reduzir a volatilidade observada na maioria das moedas digitais. Ademais, segundo Allaire uma criptomoeda com base em dólar nos EUA teria o benefício da adoção de regulamentações mais rigorosas.
A USD Coin não é a primeira chamada “stablecoin” no mercado. Outras criptomoedas apoiadas por decreto foram introduzidas sendo a tether a stablecoin mais notável. A tether é uma moeda virtual cercada de polêmicas, a qual os críticos afirmam ter sido usada para sustentar os preços do bitcoin em 2017.
O token está sendo projetado dentro de uma plataforma de código aberto batizada CENTER, que o Circle espera que seja acompanhado por instituições financeiras e outras empresas. Segundo o executivo, o objetivo do USD Coin é trazer para o mundo das criptomoedas e da tecnologia blockchain processos financeiros tradicionais. “Nosso foco com stablecoins fiat é que realmente pensamos nisso como um bloco de construção para uma economia digital global nativa criptografada”, disse Allaire.
Críticos de Cripto
Os críticos das criptomoedas, por suas vezes, dizem que os investidores compram e vendem bitcoins e outras moedas apenas por pura especulação;
Na China e na Coréia do Sul, por exemplo, reguladores tentaram reprimir a natureza especulativa desse mercado por meio da proibição das ICOs, que são eventos onde as empresas vendem seus tokens a fim de levantar fundos para financiar seus projetos.
Já o CEO do bitcoin J. P. Morgan, Jamie Dimon, criticou a volatilidade do bitcoin (que chegou perto de US$ 20 mil no final do ano passado) e sugeriu que a criptomoeda é uma fraude.
Na contramão, os proponentes argumentam que a tecnologia poderia mudar fundamentalmente os serviços financeiros. A natureza descentralizada do Bitcoin garante maior facilidade nas transferências internacionais. Além disso, as transações podem ser feitas anonimamente e não podem ser adulteradas ou revertidas.
No entanto, o bitcoin, principal moeda digital, se depara com alguns problemas técnicos. As taxas e tempo elevados gastos nas transações trouxeram à tona a discussão a respeito do problema de escalabilidade do bitcoin. A questão trouxe como resultado uma série de chamados hard fork, no ano passado – em que outro ledger distribuído foi separado do bitcoin original – resultando em ramificações de bitcoins como bitcoin cash e bitcoin gold.
Usuários se referiam à chamada “Rede Lightning” como uma atualização tecnológica da rede bitcoin, surgindo como uma possível solução para o problema. A Rede Lightning tinha como objetivo permitir que os usuários enviassem múltiplas transações fora do blockchain e funcionaria como uma segunda camada no topo do livro distribuído que sustenta a moeda digital.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.