Enquanto as autoridades venezuelanas estão ativamente promovendo a recém-criada criptomoeda estatal, El Petro, residentes do país, que atualmente passa por uma profunda crise econômica, recorrem cada vez mais ao Bitcoin. Isso foi relatado pela Bitcoinist.
Um recorde absoluto no volume de transações foi registrado na semana passada na LocalBitcoins venezualana – 27 trilhões de bolívares (cerca de US$55 milhões). Esses dados foram divulgados pelo recurso analítico Coindance.
Para efeito de comparação, na semana anterior, esse valor era de US$35 milhões, e na última semana de março, de apenas US$18 milhões.
Entretanto, de acordo com dados da Reuters, no primeiro trimestre de 2018, a inflação na Venezuela foi de 454%, menos de 1/28 da inflação prevista para esse ano (cerca de 13.000%) – a inflação anual para o último período de 12 meses foi de 8.900%.
Conforme decisão do governo venezuelano, o El Petro se tornará uma moeda legal obrigatória em várias áreas da economia do país. De acordo com políticos em oposição ao presidente Maduro, essa decisão deve ser vista como fraude de corrupção.
Note que anteriormente, os EUA anunciaram a proibição de operações com El Petro, sendo que ainda assim, a atenção das autoridades do país seria focada na Rússia – especialmente depois que a revista Times indicou o envolvimento do Kremlin no desenvolvimento desta criptomoeda.
Além disso, houve rumores sobre um acordo entre Venezuela e Rússia, cujo pagamento será executado através do El Petro. O Kremlin, no entanto, nega alegações de que Caracas começará a pagar dívidas com criptomoedas.
Chrys é fundadora e escritora ativa do BTCSoul. Desde que ouviu falar sobre Bitcoin e criptomoedas ela não parou mais de descobrir novidades. Atualmente ela se dedica para trazer o melhor conteúdo sobre as tecnologias disruptivas para o website.